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Supremo australiano anula condenação de cardeal por pedofilia

A Alta Corte da Austrália , principal tribunal do país, anulou nesta terça-feira (07) a condenação por pedofilia do cardeal George Pell , 78 anos, que havia

Supremo australiano anula condenação de cardeal por pedofilia
Supremo australiano anula condenação de cardeal por pedofilia

Redação Publicado em 07/04/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h54


George Pell era o mais alto membro da Igreja Católica a ser sentenciado por abusos sexuais.

A Alta Corte da Austrália , principal tribunal do país, anulou nesta terça-feira (07) a condenação por pedofilia do cardeal George Pell , 78 anos, que havia sido sentenciado a seis anos de prisão pelo crime em 2018.

A decisão dos sete juízes que analisavam o caso foi unânime e o prelado já foi libertado do presídio onde cumpria a pena. Em um comunicado divulgado pouco após o anúncio do Supremo, Pell destacou que seu processo “não era um referendo sobre a Igreja Católica , nem como as autoridades da Igreja da Austrália trataram o crime de pedofilia entre os padres”.

O cardeal ainda afirmou que sofreu “uma grave injustiça, que foi remediada hoje” com a decisão da Alta Corte. “Não quero que minha absolvição, no entanto, aumente o sofrimento e a dor de tantos que sofrem”, finalizou.

O caso

Em dezembro de 2018, Pell foi condenado pelo abuso sexual de dois coroinhas de 13 anos, ato que teria ocorrido em 1996 na sacristia da catedral de Melbourne, enquanto ele era arcebispo do local. A condenação teve como base o depoimento de um dos jovens, já que o outro faleceu em 2014.

Em agosto de 2019, a Corte de Apelação de Vitória – por dois votos a um – confirmou a condenação do ex-número 3 do Vaticano.

Já o principal tribunal do país começou a analisar o caso no dia 11 de março deste ano e, após dois dias de audiências, os sete juízes pediram que tanto defesa como acusação enviassem mais esclarecimentos por escrito para análise.

Peixe grande

George Pell era o mais alto membro da Igreja Católica a ser sentenciado por abusos sexuais. Além de ter sido prefeito da Secretaria de Economia do Vaticano, o prelado era membro ativo do Conselho de Cardeais, convocado pelo Papa.

A Santa Sé não havia retirado o título religioso de Pell por aguardar o desfecho do julgamento civil. Caso a condenação fosse mantida, ele seria destituído de suas funções dentro da Instituição.

iG

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