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STF aguarda demissão de Weintraub da Educação

A ala política do governo -- incluindo ministros que são militares -- aumentaram a pressão nos bastidores para que o presidente Jair Bolsonaro demita Abraham

STF aguarda demissão de Weintraub da Educação
STF aguarda demissão de Weintraub da Educação

Redação Publicado em 15/06/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h50


Nos bastidores, espera-se a demissão do ministro antes da posse de Fabio Faria no Ministério das Comunicações, na próxima quarta-feira (17).

A ala política do governo — incluindo ministros que são militares — aumentaram a pressão nos bastidores para que o presidente Jair Bolsonaro demita Abraham Weintraub do Ministério da Educação.

Nos bastidores do STF, a demissão de Weintraub é esperada para o quanto antes. Interlocutores da Corte ouvidos pelo G1 afirmaram na segunda-feira (15) que o ideal seria ele ser demitido até a posse de Fabio Faria, na quarta-feira (17), uma vez que os chefes dos outros Poderes, como STF e Congresso, querem prestigiar o novo ministro das Comunicações, mas classificam como “um constrangimento” comparecerem a um ato do governo federal, para prestigiar o Executivo, enquanto Weintraub seguir no comando da Educação, com ataques aos demais Poderes.

Nos bastidores do Planalto, assessores do presidente admitem que o assunto da demissão de Weintraub está na pauta, novamente, como forma de acalmar os ânimos do STF e do Legislativo. Mas afirmam que não sabem qual desfecho o presidente dará, uma vez que precisa chegar a um acordo com os filhos, apoiadores incondicionais do ministro.

Uma das expectativas de assessores palacianos é a de que, se Weintraub for demitido, o inquérito que apura fake news no STF e também manifestações antidemocráticas possam focar no ministro, diminuindo os holofotes, por exemplo, no gabinete do ódio, que teria digitais do filho do meio de Bolsonaro, Carlos, além de integrantes do Palácio do Planalto.

Weintraub é integrante da ala ideológica do governo — e, por ter muita influência junto aos filhos do presidente, pode ser remanejado para outro cargo dentro do governo.

No entanto, sua demissão é o pedágio para que ministros do STF e o Congresso acreditem que o Planalto está mesmo disposto a apaziguar os ânimos.

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