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Stefani quebra escrita de 53 anos e busca inspiração em Maria Esther Bueno no US Open

Única brasileira no Hall da Fama do Tênis, Maria Esther Bueno sempre reforçou os paradigmas quebrados ao longo de sua vida e de sua carreira. Dona de 19

Stefani quebra escrita de 53 anos e busca inspiração em Maria Esther Bueno no US Open
Stefani quebra escrita de 53 anos e busca inspiração em Maria Esther Bueno no US Open

Redação Publicado em 10/09/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h20


Ao lado de Gabriela Dabrowski, tenista avança à semifinal e iguala feito da “bailarina do tênis”, última mulher brasileira a chegar nesta fase nas duplas femininas em um Major, em 1968

Única brasileira no Hall da Fama do Tênis, Maria Esther Bueno sempre reforçou os paradigmas quebrados ao longo de sua vida e de sua carreira. Dona de 19 títulos de Grand Slam, ela foi um ícone e uma inspiração, mesmo depois de pendurar as raquetes. Nesta quarta-feira, a “bailarina do tênis” com certeza se orgulhou muito do feito de Luisa Stefani. Com a canadense Gabriela Dabrowski, Luisa se classificou para a semifinal de duplas do US Open.

Nesta sexta, por volta das 14h30, Luisa Stefani (BRA)/Gabriela Dabrowski (CAN) enfrenta Caty McNally (EUA)/Cory Gauff (EUA) pelas semifinais. O SporTV 3 abre a transmissão nesta sexta às 13h, com a final masculina de duplas: Jamie Murray (GBR)/Bruno Soares (BRA) contra Rajeev Ram (EUA)/Joe Salisbury (GBR). O ge acompanha os dois jogos em tempo real.

Luisa Stefani se torna primeira brasileira na semi de um Slam depois de 53 anos — Foto: Thearon W. Henderson/Getty Images

Luisa Stefani se torna primeira brasileira na semi de um Slam depois de 53 anos — Foto: Thearon W. Henderson/Getty Images

Depois de fazer história ao conquistar a medalha de bronze nas Olimpíadas de Tóquio ao lado de Laura Pigossi, Stefani quebrou uma escrita de 53 anos ao avançar às semifinais do US Open com sua parceira, a canadense Gabriela Dabrowski. A última mulher brasileira a conseguir tal feito nas duplas femininas havia sido justamente Maria Esther Bueno, também em Nova York, em 1968. Curiosamente, aquele foi seu último título de Major, conquistado junto de Margaret Court.

Se a grande fase vivida ao lado de Dabrowski já serve como fator motivacional – as duas vem de três finais nos três torneios que jogaram antes do US Open -, a inspiração em Maria Esther Bueno pode dar um gás ainda maior. E a brasileira mostrou que de quebrar escritas e surpreender ela entende. Em caso de título, Stefani vai igualar a campanha feita pela “bailarina do tênis” há 53 anos, além de levantar o primeiro troféu de Grand Slam de sua carreira, o que faria com que entrasse no top 10.

Mas não para por aí. Caso se classifique para a decisão do Aberto dos Estados Unidos, Luisa Stefani vai se tornar apenas a terceira mulher brasileira a atingir tal fase em um Major. Além de Maria Esther, Cláudia Monteiro também foi finalista, mas em duplas mistas, em Roland Garros, ao lado de Cássio Motta em 1982.

E para completar o embalo das duas, Luisa e Gabi, ou melhor, “Stefanowski”, como a brasileira disse após a vitória nas quartas em Nova York, já entraram na zona de classificação para o WTA Finals, torneio que reúne as oito melhores duplas da temporada no fim do ano. Isso com menos de dois meses de parceria.

Luisa Stefani e Gabriela Dabrowski seguem firmes no US Open — Foto:  AONGphoto/USOpen

Luisa Stefani e Gabriela Dabrowski seguem firmes no US Open — Foto: AONGphoto/USOpen

Na semifinal do US Open, a brasileira e a canadense vão encarar as norte-americanas Cori Gauff e Catherine McNally, que eliminaram as principais favoritas ao título nas quartas e terão apoio da torcida da casa. Porém, para quem quebrou uma escrita de 53 anos e quer muito mais, barulho não vai ser um problema. Luisa Stefani já mostrou que pode conseguir. E quer.

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Globo Esporte

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