Manifestantes fazem, desde o final da tarde desta terça-feira (7), passeata no centro da capital paulista contra o aumento do preço das passagens do
Redação Publicado em 08/01/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h03
Manifestantes fazem, desde o final da tarde desta terça-feira (7), passeata no centro da capital paulista contra o aumento do preço das passagens do transporte coletivo em São Paulo. No primeiro dia do ano, a tarifa básica de ônibus, metrô e trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) passou de R$ 4,30 para R$ 4,40.
A manifestação começou por volta das 17h, em frente ao prédio da prefeitura, no Viaduto do Chá, e segue em passeata pelas ruas do centro da capital paulista. Em nota nas redes sociais, o Movimento Passe Livre (MPL), organizador do ato, critica a elevação do preço das passagens e afirma que a tarifa não deveria existir, já que o transporte é um direito da população.
“Mesmo com a crise econômica e as altas taxas de desemprego, no último dia 20, [o governador do estado, João] Doria e [o prefeito da capital, Bruno] Covas anunciaram mais um aumento: 10 centavos na tarifa unitária. O anúncio foi feito com uma tentativa de acalmar os ânimos argumentando que o aumento ainda é abaixo da inflação. Mas o argumento não se sustenta, pois, se os aumentos seguissem sempre a inflação, hoje a tarifa teria que ser reduzida, não subir ainda mais. Além disso, se o transporte é um direito, a tarifa nem deveria existir”, diz o texto.
Em nota conjunta, a prefeitura e o governo do estado afirmam que o reajuste é de 2,33% e “está abaixo da inflação anual prevista pelo boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, que é de 3,86%”. De acordo com a nota, se as tarifas seguissem a recomposição inflacionária, deveriam estar em R$ 4,47.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada nos últimos 12 meses, até novembro de 2019, último período com dados consolidados, foi de 3,27%.
Diariamente, 8,3 milhões de passageiros são transportados nas 13 linhas disponíveis no Metrô e na CPTM e 8,8 milhões, nos ônibus da capital.
EBC
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