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SP: mais de 500 mil alunos não entregaram nenhuma atividade durante a pandemia

Durante a pandemia , mais de 500 mil alunos da rede estadual de São Paulo não entregaram nenhuma atividade letiva. Esse número corresponde a a 15% dos 3,5

SP: mais de 500 mil alunos não entregaram nenhuma atividade durante a pandemia
SP: mais de 500 mil alunos não entregaram nenhuma atividade durante a pandemia

Redação Publicado em 12/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 17h57


O estudante que não tiver entregue nenhuma atividade durante o ano letivo ficará retido

Durante a pandemia , mais de 500 mil alunos da rede estadual de São Paulo não entregaram nenhuma atividade letiva. Esse número corresponde a a 15% dos 3,5 milhões de estudantes das escolas paulistas.

Nesta quarta-feira (11), o secretário de Educação, Rossieli Soares , homologou uma resolução para que as escolas não reprovem nenhum estudante por desempenho. No entanto, quem não tiver entregue nenhuma atividade durante o ano, ficará retido.

De acordo com a Folha, Soares afirma que a ausência da participação desses 500 mil estudantes pode ser justificada pelo desinteresse e desânimo em continuar os estudos. Segundo o secretário, a pasta ofereceu diferentes mecanismos ao longo do ano para a realização de atividades remotas.

“É um número muito grande, maior do que a população de muitas cidades inteiras do interior. A falta de internet é um elemento importante [para explicar a ausência de participação], mas não é o único. Porque a gente ofereceu e pede para que sejam consideradas as atividades impressas”, disse o Rossieli.

Distribuição de material

No mês de abril, a secretaria iniciou a distribuição de 3,5 milhões de kits com material impresso aos alunos, que teve um custo de R$ 19,5 milhões. Segundo as informações do portal, esse livros foram entregues às escolas, e as famílias precisavam se dirigir às unidades para buscá-los.

“Sentimos que há desinteresse, há desânimo. Nós trabalhamos com muitas plataformas e o estudante ainda pode fazer essas atividades, em um modelo ou em outro”, afirmou Soares.

Em entrevista à Folha, o secretário disse que, até o fim do ano, o trabalho na busca desses 500 mil estudantes será reforçado, a fim de evitar a reprovação. “Os professores estão fazendo essa busca desde o início da pandemia, mas vamos reforçar para deixar essas regras claras para as famílias”.

De acordo com o site de notícias, a definição de qual será a quantidade mínima de atividades entregues pelos alunos às escolas será definida em cada unidade. Os estudantes que tiverem apresentado a quantidade mínima de tarefas serão automaticamente matriculados em 2021, em regime de progressão continuada. A medida prevê que os anos letivos de 2020 e 2021 sejam considerados um único ciclo contínuo, formado por oito bimestres escolares.

Avaliação diagnóstica

Ainda de acordo com o portal, a secretaria planeja realizar uma avaliação diagnóstica em dezembro para medir o que os alunos conseguiram aprender nesse período. Em janeiro de 2021, há uma previsão de recuperação presencial, em que poderão participar, inclusive, os alunos que não entregaram nenhuma atividade.

O ano letivo de 2021 começará no dia 1º de fevereiro, no momento em que será feita uma avaliação diagnóstica inicial com o intuito de ajudar os professores a identificar os déficits de aprendizagem dos alunos.

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iG

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