Até segunda-feira (17), o abastecimento de frutas, verduras e legumes em São Paulo deve estar completamente normalizado, informou hoje (14) Ronaldo dos
Redação Publicado em 14/02/2020, às 00h00 - Atualizado às 19h42
Até segunda-feira (17), o abastecimento de frutas, verduras e legumes em São Paulo deve estar completamente normalizado, informou hoje (14) Ronaldo dos Santos, presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas). De acordo com ele, após a reabertura da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na quarta-feira (12), o abastecimento desses produtos nos supermercados paulistas começou a ocorrer ontem (13).
Segundo a associação, apesar das fortes e constantes chuvas de segunda-feira (10) – que provocaram alagamento e fechamento na Ceagesp, maior entreposto da América Latina – não houve desabastecimento na capital: apenas faltas pontuais de mercadorias, principalmente as mais perecíveis como frutas, verduras e legumes. A associação informou também que um aumento de preços nesses produtos pode acontecer, mas será pontual, pois a chuva não afetou a cadeia de produção, apenas a distribuição das mercadorias.
Permissionários da Ceagesp previam no início da semana que poderia haver risco de desabastecimento por causa dos problemas enfrentados pela companhia durante as fortes e constantes chuvas que atingiram a capital paulista na última segunda-feira.
“O problema pode comprometer o fornecimento de hortifrutigranjeiros e pescados a feirantes, supermercados, quitandas, sacolões, peixarias e o varejo de alimentos em geral”, disseram os permissionários em nota.
Mas, segundo a Associação dos Feirantes de São Paulo, o abastecimento de produtos nas feiras da capital estava normalizado hoje.
A Ceagesp negou, na terça-feira (11), risco de desabastecimento, mas revelou que os prejuízos com a enchente ficaram em torno de R$ 20 milhões para os atacadistas, com 7 mil toneladas de produtos perdidos. Os setores mais atingidos pela enchente foram as frutas, as verduras e os legumes. Pescados e flores não tiveram problemas. Já o prejuízo por dia sem comercialização dos produtos foi estimado em torno de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões. Na tarde de quarta-feira, a Ceagesp foi reaberta.
A Apas estimou que o prejuízo de seus associados na última segunda-feira foi de 20%, o que equivale aproximadamente a R$ 31 milhões. Segundo a associação, ao menos sete lojas tiveram problemas na segunda-feira, sendo que duas delas registraram alagamento total.
Segundo os permissionários, mas de 9,43 mil toneladas de alimentos por dia são comercializadas no entreposto. Para comercializar e dar vazão a essa imensa quantidade de mercadorias, 50 mil pessoas e 12 mil caminhões passam diariamente pelo entreposto, terceiro maior do mundo em volume.
Segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o movimento de vendas do varejo na capital paulista ficou prejudicado com as enchentes e caiu 20% na segunda-feira (10) em comparação à segunda-feira anterior (3) e 18% em comparação ao mesmo dia do ano passado.
”Os números refletem o recuo das vendas, mas os prejuízos foram muito maiores. Não só o varejo ficou prejudicado, mas também o setor de serviços e a indústria, que apresentaram baixa em suas atividades”, disse Marcel Solimeo, economista da associação.
AGENCIA BRASIL
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