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O desejo pessoal de Daniel Alves e uma avaliação interna sobre o peso da Olimpíada foram os principais motivos para a liberação do camisa 10 do São Paulo para
Redação Publicado em 18/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 09h45
O desejo pessoal de Daniel Alves e uma avaliação interna sobre o peso da Olimpíada foram os principais motivos para a liberação do camisa 10 do São Paulo para Tóquio 2020.
Segundo pessoas da diretoria, o sonho do veterano pesou em contraponto ao próprio planejamento da equipe, que estará em disputa por uma vaga nas quartas de final da Libertadores durante a época de preparação para os Jogos.
A partir da conversa com o treinador André Jardine, que manifestou a Daniel o desejo de contar com o jogador na Olimpíada, o São Paulo tratou de evitar qualquer estresse sobre o assunto.
Equipes não são obrigadas a liberar os atletas para Tóquio, já que o torneio não está enquadrado em uma data Fifa de seleções, mas o time tricolor apoiou a ida ao torneio. O São Paulo até divulgou um depoimento de Daniel Alves, comemorando o chamado.
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Daniel Alves, do São Paulo, vai representar o Brasil nos Jogos de Tóquio — Foto: Erico Leonan/saopaulofc
De acordo com membros da diretoria ouvidos pelo ge, em nenhum momento o São Paulo se opôs à ida de Daniel para o Japão, apegando-se ao interesse do atleta e ao evento em si.
A atitude seria a mesma com Liziero, que, ao contrário do camisa 10, fez parte do ciclo pré-olímpico, participando dos dois últimos amistosos neste mês de junho.
Por outro lado, Daniel Alves imediatamente se colocou à disposição para defender a seleção olímpica, assim que recebeu o chamado de André Jardine. Dono de 41 títulos na carreira, ele trata essa oportunidade como um “sonho” e levou em consideração o próprio histórico em sobreposição ao time que defende.
O lateral falou sobre essa questão pessoal, em vídeo gravado e divulgado pelo clube nas redes sociais nesta quinta, após a delegação se vacinar no Paraguai. Daniel Alves pode desfalcar o São Paulo em até nove partidas no total, com mata-mata da Libertadores e da Copa do Brasil no meio do caminho.
– Bati na trave duas vezes e agora tenho a honra de ser chamado, de poder formar parte desse grupo que vai defender a medalha conquistada aqui no Brasil. É uma responsabilidade grande, mas é o que gostamos – comentou o veterano, que segue em recuperação de uma entorse no joelho direito.
Daniel Alves recebeu a primeira dose da vacina nesta quinta-feira — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc
A liberação praticamente automática de Daniel Alves vem de encontro a outra situação pessoal entre o jogador e o São Paulo.
O clube deve cerca de R$ 10 milhões ao atleta, mas a atual diretoria vem negociando o débito com o atleta desde o início da gestão. Em entrevista ao ge no mês de março, o diretor de futebol Carlos Belmonte elogiou a postura de Daniel Alves e afirmou que vem negociando o pagamento do débito desde então.
Daniel Alves em ação contra o Racing, na Argentina, durante a fase de grupos — Foto: Staff images /CONMEBOL
A reportagem do ge procurou o presidente do Racing, Victor Blanco, para abordar a ausência de Daniel Alves nos confrontos pelas oitavas de final da Libertadores.
O dirigente adotou um discurso protocolar, mas reconheceu o peso da ausência do camisa 10 do São Paulo.
– É um grande jogador e que admiro muito, mas o São Paulo tem outros grandes jogadores. Sempre (pesa uma ausência como a de Daniel Alves), mas igual te disse, o Brasil tem jogadores de muita qualidade – declarou o dirigente.
O São Paulo recebe o Racing no Morumbi, em 13 de julho, e decide a vaga na Argentina, dia 20. Dani Alves se apresenta à seleção olímpica no dia 8 e viaja para Doha, no Qatar, para iniciar a adaptação ao fuso horário.
A delegação viaja dia 15 para o Japão e estreia na Olimpíada em 22 de julho contra a Alemanha. Ainda na primeira fase, a equipe enfrenta Costa do Marfim (25) e Arábia Saudita (28).
Daniel Alves é a maior surpresa da lista da Seleção Olímpica
Libertadores – oitavas de final:
Copa do Brasil – oitavas de final:
Campeonato Brasileiro
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Fontes: Ge – Globo Esporte.
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