Parentes e amigos prestaram homenagens e deram o último adeus a Lorena Muniz, mulher trans pernambucana de 25 anos que morreu após um incêndio durante uma
Redação Publicado em 28/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h53
Parentes e amigos prestaram homenagens e deram o último adeus a Lorena Muniz, mulher trans pernambucana de 25 anos que morreu após um incêndio durante uma cirurgia para colocar silicone nos seios em uma clínica em São Paulo na segunda-feira (22). O corpo de Lorena foi sepultado na tarde deste sábado (27) em Paulista, no Grande Recife.
O enterro ocorreu um dia após o corpo chegar no carro de uma funerária de São Paulo. Familiares e outras pessoas mais próximas da jovem vestiram camisas com uma foto dela e uma mensagem: “Sua alma nos deixou, mas a saudade para sempre manterá sua memória em nossos corações”.
Das lembranças sobre Lorena, todos citavam como características mais marcantes a doçura, alegria e vitalidade. “Não quero lembrar com tristeza. Quero ter a imagem de antes. Ela bem maquiada, produzida, alegre. Porque ela era alegria”, afirmou a mãe de santo Renata Alves.
O velório começou por volta das 13h, em uma capela do Cemitério Campo Santo São José. O sepultamento ocorreu por volta das 14h. Consternados com o que aconteceu, os familiares de Lorena pediram Justiça.
“Eu pensei que tinha passado a pior fase, mas a pior foi o enterro da minha filha. Espero que nenhuma mãe passe pelo que eu estou passando. Que não tenha outra Lorena, vítima da negligência. Eu espero justiça”, afirmou Elisângela Muniz, mãe da cabeleireira.
Elisângela contou que a família não promoveu nenhuma “vaquinha” em nome da filha e que os custos com passagem, velório e enterro foram pagos por ela com ajuda da patroa.
Para a tia de Lorena, Rinalda Batista Muniz, foi difícil aceitar uma morte tão precoce. “Ninguém imaginava que ela iria primeiro. Quem é mais velho não se prepara pra se despedir assim. E a gente já vem desde a semana passada sofrendo. Então está sendo muito difícil, muito doloroso”, disse.
O companheiro da cabeleireira, Washington Barbosa, conhecido como Tom Negro, dizia não aceitar o que aconteceu. “Eu vou lembrar o jeito doce dela. Lorena era uma menina meiga, doce. Muito, muito batalhadora. Ela não merecia esse tipo de coisa”, afirmou.
Segundo Washington, Lorena foi abandonada inconsciente durante incêndio na clínica onde realizava o procedimento estético em São Paulo, de onde foi socorrida para o Hospital das Clínicas da cidade, no dia 17 de fevereiro. Ela ficou internada em estado grave após inalar muita fumaça, segundo a unidade de saúde.
A morte de Lorena foi confirmada na segunda-feira (22). Amiga de Lorena, Yasmin Rodrigues Soares, de 22 anos, estava com ela em São Paulo e afirmou que aguardava na clínica para colocar prótese de silicone logo depois de Lorena.
“Na hora do incêndio, eu estava lá, depois dela seria eu. A gente ouviu uma explosão e viu a fumaça subindo. A gente foi lá, tentou salvar ela, mas não conseguiu passar. Essa era a última coisa que eu imaginava. A gente ia fazer o procedimento, voltar pra casa e ficar tudo direitinho, mas não foi o que aconteceu”, contou.
A estudante Evelyn Rayanne, de 23 anos, conheceu Lorena na escola, antes de ela passar pela transição de gênero.
“Ela já falava desse sonho dela que era fazer cirurgia. É uma perda que vai ser irreparável. Se você for onde ela morava, todo mundo que conhecia vai falar o quanto era feliz e amada. Amigos, família, todo mundo sempre acolheu e apoiou”, declarou.
De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, uma equipe de uma agência de energia elétrica fazia uma manutenção na rua quando ocorreu uma explosão dentro da clínica, dando início ao fogo.
Lorena estava sedada para a realização da cirurgia de implante de silicone, quando teve início o incêndio. Ela inalou fumaça e ficou inconsciente por sete minutos antes de ser retirada do local.
Em nota, o Corpo de Bombeiros de São Paulo declarou que “o incêndio se alastrou e a vítima, que estava dentro do local realizando um procedimento estético, foi socorrida ao hospital”.
Segundo o advogado da clínica onde ocorreu a cirurgia, Daniel Bassani, todos os documentos do estabelecimento estão em dia e os dois profissionais tentaram retirar Lorena da sala de cirurgia, mas receberam orientação para deixá-la no local até a chegada dos bombeiros.
A prefeitura de São Paulo informou que a clínica tem autorização para realizar procedimentos cirúrgicos de pequeno porte.
O caso é investigado pela Polícia Civil de São Paulo como incêndio com lesão corporal culposa, quando não há intenção de matar. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica declarou que acompanha o caso.
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Fonte: GE – Globo Esporte.
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