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Skaf nega pedido de Temer de doação para sua campanha em 2014 e fala em levar ‘padrão Sesi’ às escolas de SP

O candidato do MDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, disse nesta sexta-feira (14) que, se eleito, irá levar o “padrão Sesi” às escolas públicas estaduais.

Skaf nega pedido de Temer de doação para sua campanha em 2014 e fala em levar ‘padrão Sesi’ às escolas de SP
Skaf nega pedido de Temer de doação para sua campanha em 2014 e fala em levar ‘padrão Sesi’ às escolas de SP

Redação Publicado em 14/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 13h50


O candidato do MDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, disse nesta sexta-feira (14) que, se eleito, irá levar o “padrão Sesi” às escolas públicas estaduais. Em entrevista ao SP1, o empresário negou que o presidente Michel Temer tenha pedido doação para sua campanha em 2014.

Presidente licenciado da Federação das Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp), Skaf foi questionado pelo jornalista César Tralli sobre delatores que disseram que Temer, também do MDB, pediu dinheiro para sua campanha em 2014, Skaf respondeu: “Isso não é verdade, não é verdadeiro”.

“Em 2014, a minha campanha teve quase 500 doadores, e todos os doadores foram pedidos por nós. Nunca pedi e nunca houve interferência do presidente Temer em momento nenhum a pedir um tostão para a nossa campanha”, afirmou.

Ele acrescentou que todos os doadores eram “pessoas físicas e jurídicas, que doaram oficialmente, declarado”. “E nenhuma delas teve interferência do presidente Michel Temer.”

Questionado sobre delação do publicitário Renato Pereira, que disse que Skaf direcionou licitação do Sesi e do Senai para que a empresa dele fizesse promoção política disfarçada, visando a atual campanha, o candidato respondeu: “Isso é uma tremenda mentira”.

“Esse Renato Pereira foi um fornecedor e fez uma concorrência. As concorrências do Sesi, do Senai, são 100% legais, têm o envolvimento de muita gente”, afirmou.

“O que aconteceu nesse caso desse fornecedor é que ele teria, vamos dizer entre aspas, um direito desse contrato dele. Ele prestou serviço lá por um ano e pouco. E poderia ser prolongado até 5 anos legalmente, e eu mandei cortar o contrato dele. Porque nós montamos uma equipe dentro do Sesi e Senai de elaboração da campanha economizando milhões para as entidades e ele saiu dando tiro”, respondeu.

Educação

Skaf prometeu levar o padrão Sesi para as escolas públicas estaduais. “Da mesma forma que fiz no Sesi, farei também no estado. Quando eu assumi a presidência do Sesi eu falei: ‘Olha, nós vamos assumir essas 150 escolas por escolas de primeiro mundo, quero pôr período integral, Ensino Médio que o Sesi não tinha, esportes, cultura’. Parecia impossível e está feito. No estado faremos igual”.

Para isso, disse que as mudanças ocorrerão em dez anos. “De uma forma gradual. Esse é um plano de estado, e não de governo. Você não faz uma transformação em um ano, é um programa de dez anos. Tudo vai virar padrão Sesi/Senai, mas não de uma forma de uma hora para outra, mas de uma forma gradual.”

Questionado se os servidores estaduais, cujos salários iniciais são de R$ 2,5 mil, receberão como os docentes do Sesi, que recebem R$ 4,2 mil, Skaf disse que pretende “fazer uma grande transformação de disciplina, de atenção, em valorização da educação como uma das grandes prioridades do governo”.

Sem responder se sim ou não, disse que “a partir de 2020, no primeiro ano do fundamental, ao longo dos nove anos, assim eu fiz no Sesi, vamos escrever uma nova história na educação de São Paulo”.

Impostos

Skaf disse que, se eleito, não irá diminuir o IPVA, mas facilitar o pagamento. “Será dividido em seis vezes. Atualmente são três.” Segundo ele, a não diminuição ocorre porque Prefeituras dependem do imposto.

Ainda sobre imposto, prometeu que não mexerá nos valores. “Em hipótese nenhuma aumentarei impostos.”

Questionado sobre como irá, então, gerar receita, respondeu que irá combater a sonegação e a corrupção.

Segurança

Na área da segurança, disse que pretende agir em três frentes: reorganização das polícias, retomada dos presídios e atualização da lei penal.

“A Polícia Civil está abandonada”, afirmou, acrescentando que pretende investir em “tecnologia, completar quadros, entrosamento entre a PM e a Polícia Civil e a Científica, em inteligência”.

Sobre a retomada dos presídios, foi questionado se irá mandar chefes de facções para presídios de segurança máxima, que ficam fora do estado. “Os presídios estaduais vão ser mais seguros do que os federais”, respondeu.

Na questão da atualização da lei penal, afirmou que pretende analisar as saídas temporárias e a redução de pena.

Entrevistas

A série de entrevistas do SP1 com os candidatos ao governo de São Paulo mais bem colocados na última pesquisa eleitoral começou na segunda (10). A ordem das entrevistas foi definida por sorteio realizado na sexta (7), na sede da TV Globo em São Paulo, com a presença de representantes dos partidos. Veja a ordem:

10/9 (segunda-feira) – Márcio França (PSB)

11/9 (terça-feira) – Professora Lisete (PSOL)

12/9 (quarta-feira) – João Doria (PSDB)

13/9 (quinta-feira) – Luiz Marinho (PT)

14/9 (sexta-feira) – Paulo Skaf (MDB)

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