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Sistema interligará bancos de dados sobre educação em saúde

O Ministério da Saúde anunciou hoje (6) a criação de um sistema de mapeamento que, a partir da interligação de cinco bancos de dados, ajudará na coleta,

Sistema interligará bancos de dados sobre educação em saúde
Sistema interligará bancos de dados sobre educação em saúde

Redação Publicado em 06/08/2020, às 00h00 - Atualizado em 07/08/2020, às 01h31


Ferramenta contribuirá para padronização de informações sobre saúde

O Ministério da Saúde anunciou hoje (6) a criação de um sistema de mapeamento que, a partir da interligação de cinco bancos de dados, ajudará na coleta, análise e disponibilização de informações sobre educação em saúde.Sistema interligará bancos de dados sobre educação em saúdeSistema interligará bancos de dados sobre educação em saúde

O Sistema de Mapeamento em Educação na Saúde (Simapes) representa, segundo o ministro-interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, “uma entrega de peso” que contribuirá para a padronização de informações sobre saúde no país.

“Não adianta querer explicar isso para quem não compreende o tamanho do que se está falando, que é o padrão das pessoas que são formadas; do resultado efetivo de tudo que se investe nisso, pública e particularmente; da dedicação das pessoas ao longo da vida; e do resultado final na ponta da linha. É um tiro muito amplo”, disse o ministro, em transmissão ao vivo nas redes sociais.

Segundo ele, o sistema está sendo disponibilizado “de uma forma clara” no site do ministério. “E, a partir dali, poderemos observar e dar subsídios para que todos em suas áreas possam melhorar cada vez mais”, complementou.

O Simapes interligará cinco bancos de dados: o do E-Mec, que é um sistema eletrônico de acompanhamento dos processos que regulam a educação superior no país; os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes), o Contrato Organizativo de Ação Pública de Ensino-Saúde (Coapes); e o E-SUS, de atenção básica da saúde.

Para o governo, essa base de dados auxiliará, também, no estabelecimento de políticas públicas de educação em saúde, além de ajudar na identificação de demandas e necessidades de cada região.

“Com a nova ferramenta é possível investigar a relação entre a oferta de cursos de graduação, técnicos e a estrutura de serviços da saúde, especialmente quanto à oferta de campo de prática e de qualidade; averiguar as necessidades de formação e qualificação dos gestores e profissionais no âmbito do SUS; prover o Ministério da Saúde de informações para a tomada de decisões no âmbito da educação em Saúde”, informou a pasta.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que o mapeamento tem como referência o Relatório Flexner, que foi publicado em 1910, pelo educador estadunidense Abraham Flexner, tido como relevante para a educação médica nos Estados Unidos e Canadá. Ao adotar as mudanças sugeridas por Flexner, esses sistemas de saúde passaram a “departamentalizar” o estudo e a prática da medicina, dando maior ênfase à biologia e ao uso de medicamentos como tratamento básico de praticamente todas as doenças.

Novo Marco Regulatório da Residência

Durante a transmissão online, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Maira Pinheiro, informou que o governo apresentará, nos próximos meses, o novo Marco Regulatório da Residência em Saúde. Segundo ela, a ideia é transferir, do Ministério da Educação para o Ministério da Saúde, atribuições relativas ao período de residência pelo qual os profissionais da saúde têm de passar.

“Queremos trazer todas residências em saúde para o Ministério da Saúde. Teremos um novo marco nas residências do país, ofertando aos preceptores respeito e dignidade para o exercício do trabalho; ofertando aos residentes novos conteúdos para a formação e, para a população brasileira profissionais bem formados e qualificados, para que tenhamos um SUS bem melhor”, disse a secretária.

Agência Brasil

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