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Sindicatos de pátios e guinchos Iniciam movimento para defender mudanças na contratação

Por Kleber Santos 

Sindicatos de pátios e guinchos Iniciam movimento para defender mudanças na contratação
Sindicatos de pátios e guinchos Iniciam movimento para defender mudanças na contratação

Redação Publicado em 26/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h25


Eles alertam que 250 pátios e mais de 10 mil empregos correm risco com o atual sistema adotado pelo governo

Por Kleber Santos 

“Nesse momento, quem está precisando de socorro são os guinchos e os pátios.” Com essa frase, o presidente da APPAGESP – Associação dos Proprietários de Pátios e Guinchos do Estado de São Paulo, Fernando Carvalho, abriu a reunião geral on-line das entidades do setor realizada na última sexta – feira, em Santa Cruz do Rio Pardo. Inicialmente a reunião seria presencial, mas, em razão da pandemia de Covid-19, os sindicalistas decidiram realizar a reunião virtualmente.

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Fernando Carvalho presidente da APPAGESP

O principal motivo da mobilização são as mudanças que o governo do estado está fazendo no modelo de contratação de pátios e guinchos adotado pelo Detran-SP. De acordo com Fernando Carvalho, porta-voz do setor, “os editais elaborados pelo governo não têm critério de qualidade e nem de capacidade para avaliar o pátio ou o guincho a ser contratado como terceirizado”. Ele alerta que esse “afrouxamento em índices qualitativos vai derrubar a qualidade do serviço prestado à população, além de colocar em risco o futuro dos funcionários”. Segundo os entidades, o setor gera mais de 10 mil empregos nos 250 pátios em funcionamento no estado, além de milhares de operadores de guincho.

Audiência com o governo

Todos os líderes que participaram da reunião foram unânimes em afirmar que o setor de pátios e guinchos funciona com eficiência e tem buscado melhorar a cada dia, investindo em modernização tecnológica com o intuito de trazer excelência aos serviços prestados à população. Não ter sido chamado para as discussões em que houve mudanças significativas nas regras foi uma surpresa para a categoria. “Quando se faz uma obra, chama-se o engenheiro. Quando se vai operar alguém, chama-se o médico. E quando se vai mexer em algo tão vital para a sociedade, não nos chama. Não tem sentido. Por causa desse descaso, é que nessa reunião estamos iniciando movimento em conjunto com todas as entidades do setor em defesa da categoria, e o primeiro passo será conseguir um agendamento urgente com o governo. Temos certeza de que, assim que o nosso apelo chegar ao Palácio dos Bandeirantes, isso vai ser resolvido. Acreditamos na sensibilidade do governador para corrigir essa falha com urgência. Não se pode abrir mão da eficiência em serviços tão importantes para a população, como redução dos riscos de acidentes nas cidades com o recolhimento dos veículos sem condições de circular, limpeza por meio do recolhimento de carros abandonados causadores de doenças como a dengue e recebimento dos tributos estaduais e municipais, principalmente nesse momento em que o governo precisa tanto por causa da queda na arrecadação causada pela pandemia.”

Finalizando a reunião, o porta- voz Fernando Carvalho enfatizou que o setor quer somar, e não dividir. “Não queremos nenhum conflito, o que queremos é apenas ser ouvidos para poder trabalhar, garantir o melhor serviço à população e continuar mantendo os milhares de empregos que geramos em todo o estado de São Paulo.”

Entidades participantes

Participam do movimento toda a liderança do setor, incluindo a APPAGESP – Associação dos Proprietários de Pátios e Guinchos do Estado de São Paulo, AGUISP – Associação das Empresas de Guinchos do Interior de São Paulo, APAGUISP – Associação de Pátios E Guinchos Do Estado De São Paulo, SEGRESP – Sindicato das Empresas Proprietárias de Serviços de Reboque, Resgate, Guincho e Remoção de Veículos do Estado de São Paulo. SINGUESP – Sindicato dos Guincheiros, Removedores de Veículos do Estado de São Paulo e SINDICAM – Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Ourinhos e Região.

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