Uma intensificação nas vistorias identificou que o problema de ‘gatos’ cresceu, e muito, na distribuição de água em Rio Preto (SP). A fiscalização está
Redação Publicado em 22/06/2017, às 00h00 - Atualizado às 07h28
Uma intensificação nas vistorias identificou que o problema de ‘gatos’ cresceu, e muito, na distribuição de água em Rio Preto (SP). A fiscalização está apertando o cerco e quem for pego pode ter que pagar uma conta bem salgada pela fraude.
De janeiro a maio deste ano, o Semae descobriu 930 fraudes, que vão desde uma adulteração no hidrômetro, até instalações complexas na tubulação de água da casa. O número de irregularidades é três vezes maior que o do mesmo período do ano passado. A estimativa do Semae é que o prejuízo com a água furtada ultrapasse R$ 1 milhão por mês.
“O Semae intensificou nos últimos meses a caça a fraude na água de Rio Preto. Tem um grande número de fraudes, um acréscimo de três vezes esse ano. Se todos pagassem, com certeza o reajuste de tarifa seria bem menor. Quando todos pagam, todos pagam menos”, afirma o superintendente do Semae, Nicanor Batista Júnior.
Para as vistorias nas casas, as informações apuradas pelo Semae, autarquia responsável pelo abastecimento de água na cidade, chegam ao celular do fiscal. Ele recebe um relatório sobre os últimos gastos do cliente e um endereço de onde pode está havendo a fraude.
“No caso um imóvel teve oscilação grande de consumo. De 30 mil litros para 8 mil litros em um mês. Aí a gente vem fiscalizar se tem irregularidade ou problema no medidor”, afirma o fiscal Zildo Maurício Júnior.
Com o hidrômetro do lado de fora da casa, o fiscal confere se está tudo certo, antes mesmo de falar com o dono da casa. O fiscal usa um medidor de pressão para ver se a água está sendo desviada. “Na casa não tinha nada de irregular, o usuário não estava no imóvel no mês passado e foi por isso que teve a baixa”, diz Zildo.
Em outra casa, o fiscal achou alguma coisa errada no hidrômetro. Na casa na região sul, o consumo era muito diferente de outras casas do bairro. Os fiscais então abriram a calçada e viram um desvio de água, um cano que desviava a água do medidor. “Será cobrada multa de até R$ 1,9 mil e o Semae vai apurar a diferença de consumo. Em três meses vamos ver o real consumo e vai apurar diferença de cinco anos retroativos”, afirma a fiscal Gislaine Canoas. O dono da casa onde foi encontrada a irregularidade disse que desconhecia o problema.
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