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Sem ônibus em SP, passageiros tentam carona, dividem transporte por aplicativo e encaram Metrô lotado

Imagem Sem ônibus em SP, passageiros tentam carona, dividem transporte por aplicativo e encaram Metrô lotado

Redação Publicado em 29/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 09h14


Em mais um dia de greve de motoristas de ônibus, trabalhadores da cidade de São Paulo sofrem para conseguir transporte para o trabalho no começo da manhã desta quarta-feira (29).

A última paralisação foi há cerca de duas semanas, no dia 14 de junho. Apesar de o sindicato patronal ter garantido reajuste salarial de 12,47%, os trabalhadores afirmam que outras reivindicações, como hora de almoço remunerada, PLR e plano de carreiras, não foram atendidas.

No terminal Bandeira, no centro da cidade, as passageiras Natália e Carla se conheceram nesta manhã e decidiram dividir um transporte por aplicativo até a região do trabalho, em Santo Amaro, na Zona Sul.

“Conheci a Natália aqui, e fomos pegas de surpresa, aqui não tem nenhum ônibus, e vamos rachar um Uber, porque coincidiu dela trabalhar próximo a mim. Vamos rachar porque o preço está muito alto”, disse Carla. A corrida, que costuma sair pouco mais de R$ 20, está quase R$40, contou a passageira.

No mesmo terminal, a passageira Maria Roberta conta que sabia da greve mas chegou cedo ao local na esperança de conseguir um ônibus. Segundo a SPTrans, deve haver um mínimo de 80% da frota circulando no horário de pico e pelo menos 60% no restante do dia.

“Mas meu chefe vai passar aqui de carro para me pegar”, contou Maria Roberta, que trabalha no Morumbi e não encontrou coletivo.

A mesma sorte teve a passageira Angélica, que também aguardava a carona do patrão no Terminal Santo Amaro. “Estou esperando meu chefe vir me buscar. Eu pegaria o terminal pinheiros até a faria lima, onde trabalho”.

No Terminal Capelinha, na Zona Sul, a passageira Gislândia, que está há cerca de um mês sem trabalho, irá perder uma entrevista de emprego na Vila Buarque, na região central da cidade. “Já filmei [a situação], mandei para o RH, porque não tem possibilidade, não tem acesso de metrô“.

Quem precisa encarar o Metrô, encontra plataformas lotadas e sobrecarregadas.

g1
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