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Segundo tenista mais velho do mundo, cearense de 94 anos participa de torneio em Porto Alegre

O segundo tenista mais velho em atividade no mundo é cearense. Natural de Pacatuba, José Nepomuceno, de 94 anos, segue na ativa e participa da 35ª edição do

Segundo tenista mais velho do mundo, cearense de 94 anos participa de torneio em Porto Alegre
Segundo tenista mais velho do mundo, cearense de 94 anos participa de torneio em Porto Alegre

Redação Publicado em 03/11/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h40


Em idade, Nepomuceno está atrás apenas do ucraniano Leonid Stanislavskyi, de 97 anos

O segundo tenista mais velho em atividade no mundo é cearense. Natural de Pacatuba, José Nepomuceno, de 94 anos, segue na ativa e participa da 35ª edição do Golden Lake Multiplan Seniors Internacional – Porto Alegre e disputa duas categorias abaixo da sua, a partir de 80 anos. Ele é radicado em São Paulo.

Nepomuceno começou a ter contato como esporte na década de 70, quando foi morar em São Paulo e se tornou terceira classe pela Federação Paulista de Tênis. Jogou o circuito Seniors da Federação Internacional quando tinha 70 anos de idade e retornou nesta temporada disputando sua segunda competição exatamente na Associação Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre. Em idade, está atrás apenas do ucraniano Leonid Stanislavskyi, de 97 anos.

– Sou o mais velho do Brasil e mais velho do mundo. O ucraniano é o “gaiato” que desafiou o Federer e jogou com o Nadal. Ele é jogador avulso, de clube. Nadal como é solicito foi lá bater uma bola com ele. Não é federado. Eu sou federado e fui 3ª classe – brinca.

José Nepomuceno, cearense, tênis — Foto: Gustavo Werneck

José Nepomuceno, cearense, tênis — Foto: Gustavo Werneck

Sempre que pode, o vovô do tênis bate bola em um clube perto de casa.

– Às vezes me chamam para completar uma dupla, faço a barba e em quinze minutos estou a postos. Não levo com muita rigidez, não tenho aula com professor. Poderia até jogar melhor. O tênis é exigente nesse sentido. Você vê o Djokovic com dois, três treinadores por aí para jogar seu melhor nível – explicou.

– Quando vou jogar os torneios e bater minha bola é momento de dormir cedo, acordar cedo e ativo. Mas claro que quando posso gosto de tomar minha cachaça (riu) – completou.

Apesar da idade avançada, não há planos de parar. Nepomuceno atua em categorias abaixo da sua, haja vista a dificuldade em encontrar adversários da mesma faixa etária.

– Não tenho data para parar. A hora que eu começar a me machucar eu paro. Agora não tem ficado bom, pois não consigo muitos pessoas próximas da minha idade para jogar no circuito, então preciso baixar a categoria e jogar contra mais jovens que estão na casa dos 80 – explicou.

A competição, que vai até sábado (6), tem 210 atletas de oito países (Brasil, Argentina, França, Itália, Jordânia, Chile, Canadá e Bolívia), entre tenistas na briga pelos títulos nas categorias que vão dos 30 até os 94 anos, lutando pelos 700 pontos no ranking mundial da Federação Internacional de Tênis.

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Globo Esporte
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