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Segundo Harvard, Wuhan esconde casos de covid-19 desde agosto

O coronavírus pode ter começado a se espalhar na China ainda em agosto do ano passado, de acordo com uma pesquisa da Escola de Medicina de Harvard, nos

Segundo Harvard, Wuhan esconde casos de covid-19 desde agosto
Segundo Harvard, Wuhan esconde casos de covid-19 desde agosto

Redação Publicado em 10/06/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h02


A pesquisa usou imagens de satélite de estacionamentos de hospitais de Wuhan e dados de pesquisas de sintomas relacionados.

O coronavírus pode ter começado a se espalhar na China ainda em agosto do ano passado, de acordo com uma pesquisa da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos, baseada em imagens de satélite de padrões de visitas a hospitais e dados de sites de busca, mas a China refutou o relatório, que classificou como ridículo.

A pesquisa usou imagens de satélite de estacionamentos de hospitais de Wuhan –onde a doença foi identificada no final de 2019– e dados de pesquisas de sintomas relacionados, como “tosse” e “diarreia”, em sites de busca.

“O tráfego acentuado nos hospitais e os dados de pesquisas de sintomas em Wuhan antecederam o início documentado da pandemia de Sars-Cov-2 em dezembro de 2019”, de acordo com o estudo.

“Embora não possamos confirmar se o volume maior se relacionou diretamente com o novo vírus, nossos indícios apoiam outros trabalhos recentes que mostram que a emergência aconteceu antes da identificação no mercado de frutos do mar de Huanan (em Wuhan)”.

“Estas descobertas também corroboram a hipótese de que o vírus emergiu naturalmente no sul da China e podia já estar circulando na época do foco de Wuhan“, segundo a pesquisa, que mostrou um aumento considerável na ocupação dos estacionamentos de hospitais em agosto de 2019.

“Em agosto, identificamos um aumento peculiar nas buscas por diarreia que nem foi visto em temporadas de gripe anteriores nem se espelhou nos dados sobre pesquisas de tosse.”

Indagada sobre a pesquisa em uma coletiva de imprensa diária nesta terça-feira, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, refutou as conclusões.

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