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São Paulo x Santos: Crespo e Holan têm em comum nacionalidade e passado no Defensa y Justicia

O clássico entre São Paulo e Santos, neste sábado, às 19h, no Morumbi, pela terceira rodada do Paulistão, terá um tempero diferente. Nos bancos dos dois

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Redação Publicado em 06/03/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h59


Argentinos fazem primeiro clássico em solo brasileiro pelos seus novos times

O clássico entre São Paulo e Santos, neste sábado, às 19h, no Morumbi, pela terceira rodada do Paulistão, terá um tempero diferente. Nos bancos dos dois rivais treinadores argentinos: Hernán Crespo e Ariel Holan.

Em comum na trajetória dos hermanos está a passagem pelo Defensa y Justicia. Ainda que os dois tenham cabelos grisalhos, há uma diferença de idade: Crespo tem 45 anos, e Holan tem 60 anos.

Depois de trabalhos com treinadores brasileiros, o São Paulo saiu de Fernando Diniz para Crespo, e o Santos teve a mudança de Cuca para Holan.

Veja abaixo o que cada um dos clubes pretende com os argentinos e o status deles nos rivais.

Crespo no São Paulo

Crespo iniciou a carreira no Modena, em 2015, e passou pelo Banfield antes de triunfar no Defensa y Justicia. O técnico chegou ao São Paulo respaldado pelo título da Copa Sul-Americana com o Defensa, espécie de trampolim para ele, Holan e outros técnicos argentinos.

– A tranquilidade que precisava para colocar suas ideias em prática, Crespo encontrou no Defensa. Com um time de DNA puro ataque, o treinador fez uma ótima campanha na Libertadores (2020) no mesmo grupo do Santos – disse o jornalista Léo Lepri, em texto no blog Latinoamérica Fútbol Club.

Hernán Crespo em treino do São Paulo — Foto: Reprodução/Twitter

Hernán Crespo em treino do São Paulo — Foto: Reprodução/Twitter

Desejado pelo próprio Santos e pela seleção do Chile, Crespo escolheu o Morumbi como nova casa. Em seu terceiro jogo pelo São Paulo, ele mostra mudanças em relação ao antecessor Fernando Diniz.

O técnico aproveitou o esquema de 3-5-2 usado pelo interino Marcos Vizolli na última rodada do Brasileirão e tem trabalhado o time desta maneira no início do Paulistão.

Além disso, substituiu Daniel Alves por opção durante a vitória sobre a Inter de Limeira, algo raro nos tempos de Diniz, e tem dado minutos a jogadores antes pouco usados. Galeano, paraguaio promovido da base, e Rojas, recuperado de graves lesões no joelho, são exemplos.

Com dois anos de contrato, Crespo tem no Morumbi seu maior desafio da ainda curta carreira: tirar o São Paulo da fila de oito anos sem conquistas.

Ariel Holan no Santos

Estreante no Santos neste sábado, Ariel Holan fez sucesso por onde passou. No Defensa y Justicia, onde Crespo também é visto com bons olhos, o treinador argentino de 60 anos não foi campeão, mas deixou boas lembranças.

Montou um time ofensivo e não teve problemas de relacionamentos, como aconteceu no Independiente.

– O Defensa y Justicia era um time que ele podia montar e não tinha muitos problemas de vestiário. Todos que estavam ali estavam sedentos para conquistar espaço e conseguir uma venda futura. Era um time que jogava ofensivamente, mas não que isso seja uma característica do Holan, mas sim do Defensa – conta Léo Lepri, do blog Latinoamérica Fútbol Club e podcast La Pelota.

Ariel Holan em treino no CT Rei Pelé — Foto: Ivan Storti / Santos FC

Ariel Holan em treino no CT Rei Pelé — Foto: Ivan Storti / Santos FC

No Santos, Holan carrega a esperança depositada nele de mudanças. Com contrato até o fim de 2023, o treinador argentino vê o Peixe num momento de crise financeira e sem poder contratar novos jogadores. Por isso, o trabalho com garotos da base e os atletas que já estão no elenco ganha ainda mais importância.

A diretoria do Santos decidiu, entre outros sete nomes, que Ariel Holan era o ideal para comandar o time no cenário atual, principalmente por causa de trabalhos passados. Na ainda recente carreira, o técnico conquistou a Taça Sul-Americana, em 2017, e o Campeonato Chileno, em 2020.

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Fonte: G1 – Globo.

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