Diário de São Paulo
Siga-nos

“São Paulo não terá retorno de aulas em setembro”, diz prefeito Bruno Covas

Nesta terça-feira (18), durante coletiva de imprensa, o  prefeito Bruno Covas deu detalhes da situação da  pandemia da Covid-19 entre os jovens da cidade e

“São Paulo não terá retorno de aulas em setembro”, diz prefeito Bruno Covas
“São Paulo não terá retorno de aulas em setembro”, diz prefeito Bruno Covas

Redação Publicado em 18/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h21


Prefeito informou nesta terça-feira (18) que capital não irá aderir ao processo de “acolhimento” de alunos autorizado pelo estado; medida vale para o setor público e o privado

Nesta terça-feira (18), durante coletiva de imprensa, o  prefeito Bruno Covas deu detalhes da situação da  pandemia da Covid-19 entre os jovens da cidade e informou que, neste momento, não existe a possibilidade de reabertura das escolas na capital paulista, mesmo com a aprovação do chamado “acolhimento” por parte do governo do estado, e que a decisão vale tanto para o setor público quanto para o privado.

“O retorno de aulas agora é temerário, ainda estamos controlando a doença na cidade. É muito mais complicado manter o distanciamento social dentro da sala de aula, da escola, do que em outro lugares que já tiveram o retorno autorizado. Nesse momento, a volta representaria um grande vetor de contaminação, ampliação e disseminação da doença. Por este motivo, não teremos o retorno em setembro”, afirmou Covas .

A decisão é contrária ao que foi definido pelo governo do estado, que autorizou a retomada das atividades de “acolhimento” com 35% da capacidade das salas . “A prefeitura acredita que, neste momento, a retomada significaria a ampliação do número de casos, internações e óbitos na cidade. Assim, seguimos com o horizonte do retorno em outubro”, complementou o prefeito.

De acordo com ele, o levantamento feito pela  Prefeitura de São Paulo mostra que 25% das crianças e adolescentes da cidade em fase escolar moram com pessoas do grupo de risco, o que acarretaria em uma elevação do risco de contaminação em caso de retorno das atividades escolares.

“A pesquisa mostra que dois terços das crianças foram assintomáticas. Estamos falando da possibilidade de duas a cada três crianças estarem contaminadas e serem incapazes de apresentar sintomas. O inquérito sorológico mostra que 23% das crianças da cidade podem estar contaminadas. É um contingente em que é difícil de aplicar regras de distanciamento social e que pode agravar a disseminação”, apontou Covas.

Por fim, o prefeito ressaltou que as medidas educacionais que vêm sendo tomadas, com a produção de conteúdo online para os alunos, serão mantidas e reforçadas, para que todos os alunos sigam tendo acesso aos conhecimentos.

“Ainda nesta semana, o secretário Bruno Caetano deve anunciar quais medidas serão tomadas pela secretaria municipal de Educação para atender essas crianças, para que elas não fiquem apenas dentro de casa, mas também possam receber o conteúdo pedagógico enquanto mantemos a quarentena na cidade de São Paulo “, finalizou.

.

.

.

iG

Compartilhe  

últimas notícias