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São Paulo confia em novo comando para confirmar favoritismo contra Corinthians

O São Paulo optou pela troca no comando técnico da equipe nesta semana e, assim, espera encerrar a maior sequência de empates da história do clube - são seis

São Paulo confia em novo comando para confirmar favoritismo contra Corinthians
São Paulo confia em novo comando para confirmar favoritismo contra Corinthians

Redação Publicado em 17/10/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h06


Estreia de Rogério Ceni já teve mais que o dobro de média de finalizações em casa, mas eficiência baixa. Corinthians corre por fora e tenta quebrar tabu no Morumbi

São Paulo optou pela troca no comando técnico da equipe nesta semana e, assim, espera encerrar a maior sequência de empates da história do clube – são seis igualdades consecutivas.

Já o Corinthians, por outro lado, tenta frear uma possível empolgação do rival e seguir na luta pelo G-4 do Brasileirão.

Com Hernán Crespo como treinador, o Tricolor tinha média de 10,4 finalizações por partida em casa. Na estreia de Rogério Ceni, contra o Ceará, o cenário mudou: foram 25 finalizações apesar de ter marcado apenas um gol.

Sylvinho quer recuperar os pontos perdidos fora de casa contra o Sport, na penúltima rodada — Foto: Marcos Ribolli

Sylvinho quer recuperar os pontos perdidos fora de casa contra o Sport, na penúltima rodada — Foto: Marcos Ribolli

Em termos gerais, o São Paulo é apenas o 13º melhor mandante do Brasileirão (3 V, 8 E, 2 D, 44%), e enfrenta um Corinthians quarto melhor visitante do Brasileirão (5 V, 6 E, 2 D, 54%).

O Corinthians tem 28 gols marcados em 26 partidas; o São Paulo, fez 21 gols nos mesmos 26 jogos.

Quebra de tabu?

De 2006 em diante, o São Paulo tem vantagem neste confronto quando mandante pela Série A do Brasileirão contra o Corinthians: foram cinco vitórias, sete empates e apenas duas vitórias do Corinthians em 14 jogos.

A última vitória corinthiana quando visitante pela Série A foi em 2010, no dia sete de outubro. Foram dez jogos desde então com esse mando pelo campeonato: cinco vitórias do São Paulo e cinco empates.

Rogério Ceni estreou contra o Ceará no empate por um a um e viu sua equipe desperdiçar muitas chances claras de gol — Foto: Marcos Ribolli

Rogério Ceni estreou contra o Ceará no empate por um a um e viu sua equipe desperdiçar muitas chances claras de gol — Foto: Marcos Ribolli

Evolução imediata do São Paulo

Em termos de análise do ataque, o São Paulo já conseguiu ter uma evolução notória em sua produtividade sob novo comando, essa medida pelo xG (expectativa de gols) – produtividade ofensiva do Brasileirão pelas métricas estatísticas de expectativa de gol (xG), que considera a chance percentual de cada finalização virar um gol de acordo com as características de distância e ângulo em relação ao gol. Um pênalti tem 75% de chances de virar gol, uma finalização da meia-lua, com a bola em disputa, 7%.

Antes o mandante que menos finalizava no campeonato (10,4 arremates de média), chutou 25 vezes ao gol do Ceará na última rodada e pulou de uma produtividade de 1,33 para 1,64 xG – a maior produtividade ofensiva de todo o campeonato nos últimos 5 jogos.

Ainda assim, o São Paulo é o quinto mandante que menos finaliza (11,5) e tem apenas a 14ª eficiência caseira, com um gol a cada 13,6 tentativas. É também o quarto pior ataque mandante, com 11 gols marcados (0,85).

A missão de Ceni será dura: o Corinthians chega ao Morumbi com a melhor defesa visitante, com oito gols sofridos (média 0,62).

Visitante bem postado mas pouco ofensivo

Quando visitante, o Corinthians tem a oitava defesa que menos sofre finalizações (12,2) e a segunda maior resistência forasteira, com um gol sofrido a cada 19,9 conclusões contrárias.

Apesar disso, o Corinthians ainda é o segundo visitante que menos finaliza (8,1), mas com a nona eficiência, um gol a cada 9,5 conclusões. Apenas o o 14º ataque forasteiro – 11 gols (média 0,85).

Como se não indicasse o suficiente um jogo de poucos gols, o São Paulo carrega a marca da segunda defesa mandante que menos sofre finalizações (8,7), e a nona resistência, com um gol sofrido a cada 11,3 finalizações contrárias. A sexta melhor defesa caseira -10 gols sofridos (média 0,77)

O impacto dos reforços no Corinthians pode ser sentido de imediato após a estreia — Foto: Marcos Ribolli

O impacto dos reforços no Corinthians pode ser sentido de imediato após a estreia — Foto: Marcos Ribolli

Impacto do trio de reforços no Corinthians

Foi contra o Juventude, na 19ª rodada, que o trio Renato Augusto, Giuliano e Róger Guedes estreou.

Considerados apenas os jogos daí em diante, o Corinthians tem o quinto melhor ataque do Brasileirão, com 11 gols marcados (média 1,38). Nesse período, o Corinthians teve também tem a quarta melhor campanha do Brasileirão (3 V, 4 E, 1 D, 54%).

Desde a mesma rodada 19, o São Paulo tem o quarto pior ataque com seis gols marcados, média 0,75. E a 12ª colocação por aproveitamento de pontos (1 V, 6 E, 1 D, 38%).

O trio Giuliano, Renato Augusto e Róger Guedes entraram na equipe para contornar um problema crônico do time: as finalizações da esquerda da área, onde a eficiência era muito baixa em comparação com as finalizações da direita.

Eles equilibraram o desempenho da equipe e foi da esquerda da área que venceram o clássico contra o Palmeiras e empataram contra o Bragantino, por exemplo. Olho nisso!

Probabilidade de cada resultado

  • São Paulo – 39,2%
  • Empate – 37,5%
  • Corinthians – 23,3%

Metodologia

Para o cálculo das probabilidades de cada resultado, o economista Bruno Imaizumi emprega um modelo estatístico que utiliza uma distribuição de Poisson bivariada combinada com o método de simulação de Monte Carlo. A partir de parâmetros estabelecidos pela análise de mais de 78 mil finalizações em Brasileirões coletadas pelo Espião Estatístico desde 2013, avalia os desempenhos recentes dos times na temporada, utilizando sobretudo os indicadores de Expectativa de Gol (xG).

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Globo Esporte
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