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Russomanno chama homenagem a dia da Consciência Negra em semáforos de ‘vandalismo’

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos), afirmou nesta terça-feira (3) que as imagens de punhos cerrados que foram colocadas em

Russomanno chama homenagem a dia da Consciência Negra em semáforos de ‘vandalismo’
Russomanno chama homenagem a dia da Consciência Negra em semáforos de ‘vandalismo’

Redação Publicado em 04/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h44


Em suas redes sociais, candidato afirmou que lutará ‘para que atos de vandalismo como esse não ocorram novamente’.

O candidato à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos), afirmou nesta terça-feira (3) que as imagens de punhos cerrados que foram colocadas em semáforos da capital paulista em homenagem ao dia da Consciência Negra são “atos de vandalismo”.

“Lutarei para que atos de vandalismo como esse aqui não ocorram novamente e para que não fiquem impunes”, escreveu Russomanno em sua conta no Twitter, ao responder a uma postagem do músico Roger Moreira (Ultraje a Rigor) que afirma que o punho cerrado é um “símbolo comunista”.

O G1 pediu posicionamento à assessoria de imprensa do candidato sobre a declaração e não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.

Celso Russomanno afirma no Twitter que punho cerrado em semáforo é "ato de vandalismo". — Foto: Reprodução/Twitter

A ação na cidade é realizada pela Secretaria Municipal de Cultura, que informou que os punhos representam “a luta e a resistência contra o racismo” e que “os pictogramas buscam dar visibilidade e o apoio necessários para discutir eliminação das desigualdades e definitiva inserção da população negra em uma sociedade justa, sem preconceitos, sem racismo, sem discriminação e que respeite e enalteça a cultura africana e afro-brasileira.”

Os semáforos especiais foram colocados em pontos estratégicos e simbólicos da memória negra. Um deles está na Praça da República, ponto tradicional de encontro de manifestações do movimento negro. Outros estão na Avenida Paulista, também conhecida por grandes manifestações.

Outros dois estão na Liberdade, bairro negro cuja memória vem sendo reivindicada por movimentos sociais. Em 2019, a Prefeitura anunciou que o local pode receber um memorial na área que abrigou o Cemitério dos Aflitos, o primeiro cemitério público da capital, onde eram enterrados corpos de escravos entre os séculos 18 e 19.

Embora o punho cerrado também seja utilizado por outros movimentos de resistência, há anos ele é adotado pelo movimento negro como símbolo de luta.

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G1

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