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Rubinho Nunes: Covas, “liberal” só com o dinheiro dos outros

Covas, “liberal” só com o dinheiro dos outros
Rubinho Nunes
Nas últimas eleições, o cidadão paulistano teve a chance de mudar os rumos da cidade, podendo escolher entre diversas opções. O atual prefeito Bruno Covas apresentou uma gestão péssima em seus dois primeiros anos de mandato, deixando a cidade abandonada para viajar à Europa e criando gastos milionários mesmo em meio à pandemia do coronavírus.
Cabe lembrar também os gastos multimilionários que o prefeito realizou durante a corrida eleitoral. Além de ter todo o aparato estatal do seu lado, Covas foi o candidato mais caro da capital paulista: quase R$20 milhões dedinheiro público foram destinados para custear suas propagandas.
A farra com o dinheiro público, apesar de tratar-se de uma falha monstruosa de muitos políticos, não é o único defeito de Covas. A falta de palavra e a covardia também são características que formam o caráter (ou melhor, sua falta) do prefeito de São Paulo.
Durante os debates entre candidatos à Prefeitura do município no ano passado, Covas foi questionado se fecharia o comércio em São Paulo caso fosse reeleito; o tucano se esquivou da pergunta e acabou não respondendo. Na semana seguinte, após sua vitória nas eleições, ele fechou a cidade novamente.
Embora sua gestão tivesse a proposta de uma agenda liberal, o que se viu na prática é que o prefeito nunca teve nenhum compromisso com o liberalismo e a austeridade. No final de 2020, Bruno Covas assistiu a Câmara Municipal aprovar o aumento do seu próprio salário em 46%, saltando de R$24,1 mil para R$35,4 mil. O prefeito sancionou o aumento abusivo.
Seria um trabalho hercúleo encontrar alguma base no pensamento liberal para justificar o aumento do próprio salário enquanto as empresas são fechadas e trabalhadores perdem seus empregos.
Não é hora de inchar mais ainda o Estado, é preciso seguir na direção oposta, diminuindo gastos, cortando salários altíssimos e sendo transparente com o contribuinte. O tucano também pecou na transparência quando firmou um contrato sem licitação para a realização do GP da Fórmula 1; o prefeito colocou o documento sob sigilo.
Como o paulistano vai pagar R$ 100 milhões em um contrato firmado sem licitação que ele nem sequer sabe do que se trata? É fato que a F1 é importante para São Paulo e para o Brasil, mas isso não autoriza a Prefeitura a realizar contratos obscuros sem prestar contas à sociedade. Felizmente, a Justiça acatou a ação popular que eu mesmo apresentei e barrou tal absurdo.
A decisão do juiz Emílio Migliano Neto da 7ª Vara de Fazenda Pública, proferida na noite de segunda-feira (11), considerou procedente o pedido de tutela de urgência e verificou que “sem sombra de dúvidas, pelo menos nesta fase cognitiva sumária, os princípios da publicidade e da transparência estão sendo violados de forma explícita“.
Ora, não há liberalismo e austeridade quando se assina um contrato multimilionário às escondidas perante apopulação. Definitivamente, estamos falando de um dos piores prefeitos da história da cidade de São Paulo. E, emse tratando de uma cidade que já enfrentou Luiza Erundina, Celso Pitta e Fernando Haddad, estamos falando de um ranking bastante concorrido.
Fica evidente, portanto, a falta de compromisso de Bruno Covas com a boa gestão pública da maior capital do país. Não dá sequer para classificar suas ações “erráticas” como mera incompetência, já que elas sempre resultam em benefício próprio e desconsideram o povo paulistano.
Rubinho Nunes é vereador em São Paulo pelo Patriota, advogado e Coordenador Nacional do Movimento Brasil Livre.
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