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Ronaldinho tinha passaporte original com dados falsos, diz MP

Os passaportes paraguaios que o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário, Roberto de Assis Moreira, portavam ao ingressar no Paraguai

Ronaldinho tinha passaporte original com dados falsos, diz MP
Ronaldinho tinha passaporte original com dados falsos, diz MP

Redação Publicado em 05/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h46


Polícia informa que origem dos documentos será analisada

Os passaportes paraguaios que o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário, Roberto de Assis Moreira, portavam ao ingressar no Paraguai na manhã de ontem (4) são autênticos, mas foram preenchidos com informações falsas.

A afirmação é do delegado antissequestro do país vizinho, Federico Delfino. Ele informou que a origem dos documentos será investigada.

Ao conversar com jornalistas, Delfino confirmou hoje que Ronaldinho, Assis e um terceiro brasileiro, o empresário que representa o ex-atleta no Paraguai, Wilmondes Sousa Lira, responderão por uso de documentos públicos com conteúdo falso. Crime passível de prisão.

Autoridades paraguaias contactaram órgãos oficiais do Brasil para verificar a situação documental de Ronaldinho. O motivo é que, em novembro de 2018, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) determinou que os passaportes do ex-jogador e de seu irmão fossem apreendidos até que uma multa, estipulada em 2015, por condenação por crime ambiental, fosse paga.

Em setembro, a dupla fez um acordo com o Ministério Público estadual (MP-RS), se comprometendo a pagar uma indenização superior a R$ 8,5 milhões para reaver os documentos. De acordo com o MP, as autoridades brasileiras consultadas informaram que a situação já foi regularizada – informação confirmada à Agência Brasil pela assessoria do MP-RS.

Abordados na noite dessa quarta-feira, horas após terem desembarcado no Paraguai, Ronaldinho e o irmão não estão detidos, mas permanecem em Assunção, sob custódia. Já Lira, detido ontem à noite, após policiais e promotores revistarem os pertences dos três brasileiros, continua preso.

ABr

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