Rodrigo Constantino
Redação Publicado em 21/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h02
Rodrigo Constantino
Agora é oficial: Joe Biden é o novo presidente americano. Apesar da opinião de muitos apontar na direção de fraude eleitoral, o fato é que Trump e sua equipe não foram capazes de comprová-la nas cortes. Trump não foi na cerimônia de inauguração, o que considero um erro. Deveria ter colocado as instituições acima disso. Mas ele fez, ao menos, um discurso bom de despedida, pregando união, agradecendo por todos que trabalharam em seu governo, e desejando sorte ao sucessor. É esse o espírito da América.
Resta saber se será a toada democrata. Afinal, em que pese o discurso de pacificação, a verdade é que o partido aprovou na Câmara mais um impeachment fajuto, acusando Trump de ter incitado violência e insurreição, o que ele não fez. Além disso, o clima entre muitos democratas não é de paz, e sim de vingança. Estão com sangue nos olhos, querem destruir não só Trump, mas o que ele representa. Demonizam seus milhões de eleitores, todos os conservadores e republicanos, tentando associar sua imagem àquela de uma minoria descontrolada que invadiu o Capitólio, e que foi condenada por praticamente todos à direita.
A mídia, “imparcial e objetiva”, está em polvorosa e mal consegue esconder a alegria. Joe Biden vai “abraçar a América”, disse uma em nome de tantos. Jim Acosta, da CNN, festejou como um adolescente e disse que finalmente era hora de um drink. Ou seja, sabemos que a imprensa voltará a relaxar diante do poder, como fez durante a gestão de Obama por quase uma década. Os jornalistas viraram militantes de esquerda, e o ódio a Trump falou mais alto do que a busca pela verdade.
Para piorar, além da conivência da mídia os democratas contarão com o controle das duas casas, pois o Senado se encontra rachado ao meio e o voto de minerva caberá a Kamala Harris, a vice-presidente, que é bem mais radical do que Biden. O Partido Democrata tem abandonado a postura moderada nos últimos anos e migrado para o socialismo, para as políticas identitárias que segregam o povo com base em conceitos como raça ou sexo. E chega com uma agenda de reformas coletivistas, estatizantes, globalistas.
Somente a Suprema Corte, ainda com maioria conservadora, poderá oferecer um obstáculo maior às pretensões democratas. E caberá a cada cidadão a permanente vigilância, pois eis o preço da liberdade. Teremos anos difíceis à frente, em que até as redes sociais serão instrumentos dessa perseguição esquerdista aos conservadores. Mas os Estados Unidos sobreviverão, acredito, como uma república que ainda simboliza a liberdade individual. Perderemos terreno, a esquerda avançará algumas casas, mas o jogo não está perdido. Ele nunca está, pois o ser humano clama por liberdade!
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