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Rio Preto tem mais de 600 queimadas neste ano, diz bombeiros

O tempo está mais seco na região noroeste paulista e as queimadas pioram ainda mais a qualidade do ar. Mesmo assim, tem gente que desrespeita o meio ambiente

Rio Preto tem mais de 600 queimadas neste ano, diz bombeiros
Rio Preto tem mais de 600 queimadas neste ano, diz bombeiros

Redação Publicado em 18/06/2017, às 00h00 - Atualizado às 11h13


O tempo está mais seco na região noroeste paulista e as queimadas pioram ainda mais a qualidade do ar. Mesmo assim, tem gente que desrespeita o meio ambiente e as leis. Em São José do Rio Preto (SP), mais de 600 queimadas foram registradas desde o começo do ano.

Neste período as pessoas estão mais suscetíveis às doenças respiratórias, consequência do clima e principalmente da qualidade do ar, que tende a piorar por causa da baixa umidade e das queimadas que aumentam nessa época. Só neste ano já foram registradas na região 643 queimadas.

“Se observa aumento nas emergências de fogo em vegetação nesta época, por isso tem até operação Corta Fogo nesta época. E isso é bem por causa da situação climática e do costume dos moradores”, afirma o capitão Edmilson Santana, do Corpo de Bombeiros.

O bairro em que o militar do Exército Rodolfo Castro Fatori mora é novo e tem muitos terrenos baldios. Sempre tem um pegando fogo. “Todo dia tem de estar limpando o quintal, lavando a roupa novamente, porque se lava em um dia de queimada tem de lavar novamente. Quando tem queimada só dá transtorno. Vai da cultura da pessoa botar fogo, porque é mais fácil do que pagar pra alguém limpar o terreno”, diz Rodolfo.

A maioria das queimadas em áreas urbanas ainda ocorre por conta do uso incorreto do fogo para eliminar mato e limpar terrenos baldios. Essa prática é proibida e quem for pego fazendo isso pode ser multado.

Fogo em pontos de apoio também é proibido e em Rio Preto desde o ano passado a Justiça Federal suspendeu as licenças e autorizações para queima da palha da cana de açúcar. “Casos de ocorrência a gente atua, com outros órgãos como a Polícia Ambiental e os bombeiros e tenta configurar quem é o responsável pela ação. Para aplicar as penalidades cabíveis, de advertência até multa”, afirma João Adriano Alves, engenheiro da Cetesb.

No mês passado a prefeitura de Rio Preto divulgou um plano de combate às queimadas. As estratégias foram traçadas pela Defesa Civil e em conjunto com vários outros setores de segurança e secretarias municipais. A ideia é unir forças para combater um problema antigo e que prejudica muita gente, mas a população também precisa colaborar. “Grande parte das ocorrências é por mau hábito da população, não manter terreno limpo e até mesmo utilizar o fogo para fazer a limpeza do terreno”, diz o bombeiro. A multa para quem por fogo em terreno é de R$ 110.

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