Não haverá confronto. A tendência é de que os clubes das Séries A1, A2 e A3 peçam nesta segunda-feira à Federação Paulista de Futebol uma nova tentativa de conciliação com o Ministério Público.

É óbvio que o futebol não pode pedir a prioridade da educação, mas a pressão dos empresários das escolas ajudou a produzir um novo decreto com a educação como atividade essencial. Pasme, até mesmo lojas de lavagem rápida de automóveis estão entre as atividades primordiais.

O médico infectologista Marcos Boulos, do centro de contingência do governo de São Paulo, admitiu em entrevista à Rádio Bandeirantes que o toque de recolher não tem dado resultado. “A gente sabe que até mesmo o comércio, que deveria estar fechado, está permanecendo aberto, muitas vezes com meia porta aberta”, respondeu à pergunta do repórter Alexandre Pretzel, sobre marcar partidas após o toque de recolher, seguindo o que tem feito no Rio Grande do Sul.

Neste final de semana, houve relatos de aglomerações com mesas com cerveja nas calçadas no bairro de São Mateus, na zona leste. Apenas um dos exemplos.

Boulos diz que, na sua visão, o futebol não contribui para as infecções. Isto reforça que não é o comitê de saúde do Estado de São Paulo quem recomenda a paralisação, mas o Ministério Público. Ou seja, a questão é mais política — ou simbólica — do que médica.

Estes argumentos podem ser levados para nova negociação com o governador João Doria (PSDB) e com o Procurador-Geral, Mario Sarrubbo.

Está claro que a Federação e os clubes não pretendem entrar em guerra. Mas querem seguir argumentando.

Também debaterão possibilidades para manter ou avançar no calendário e tentar concluir o estadual no primeiro semestre.

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Fonte: GE – Globo Esporte.