O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou neste domingo (24) ter "certeza" de que o relatório final da comissão será aprovado em votação
Redação Publicado em 24/10/2021, às 00h00 - Atualizado em 25/10/2021, às 09h11
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou neste domingo (24) ter “certeza” de que o relatório final da comissão será aprovado em votação prevista para a reunião da próxima terça-feira (26), mesmo se mudanças ainda forem feitas no documento.
Em entrevista à GloboNews, Aziz disse que nesta segunda-feira (25) integrantes do grupo majoritário da comissão, o chamado G7, vão se reunir para debater a possibilidade de inclusão de novos pedidos de indiciamento.
O documento proposto pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) já tem 68 nomes, entre pessoas físicas e empresas.
Integrante do colegiado, Eduardo Braga (MDB-AM) tem cobrado a inclusão, na lista de indiciados, do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e do ex-secretário de Saúde do estado Marcellus Campêlo.
Há divergências em relação a esse ponto, mas Braga ameaça não dar voto pela aprovação do texto final caso os nomes do Amazonas não sejam inseridos.
Já o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), tem defendido a inclusão de nove novos pedidos de indiciamento no relatório, como os de ex-funcionários do Ministério da Saúde.
“O relatório do Renan vai ser aprovado. Isso eu asseguro. Vai ser aprovado independente se ele colocar alguém ou possa rever algumas questões”, declarou Aziz.
Questionado sobre os nomes que podem ser incluídos na lista de propostas de indiciamento, Omar Aziz citou o da servidora Regina Célia, que foi a fiscal do contrato de compra da vacina indiana da Covaxin no Ministério da Saúde. Ela autorizou o avanço da negociação, intermediada pela Precisa Medicamentos, apesar dos indícios de irregularidades.
“Era a fiscal do contrato da Precisa e não viu nada de errado. O contrato previa pagar em Singapura”, disse Aziz em referência à negociação que, posteriormente, foi cancelada.
Na entrevista, o presidente da CPI também declarou que, ao longo dos trabalhos, defendeu a investigação focada em pessoas físicas e não em empresas, para evitar que a apuração pudesse gerar demissões em meio à crise econômica.
Omar Aziz ainda classificou como “inexplicável” a menção feita pelo presidente Jair Bolsonaro, durante uma live, a uma notícia falsa que associa a imunização de pessoas ao desenvolvimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids).
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G1
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