Diário de São Paulo
Siga-nos

Refugiado se emociona após fazer 100m mais rápidos da história das Paralimpíadas

- Não sei o que dizer, cara (começa a chorar). Eu vim do nada. Eu pedia esmola nas ruas. Eu acreditei. Me mudei para a Noruega como refugiado. Passei por

refugiado
refugiado

Redação Publicado em 30/08/2021, às 00h00 - Atualizado às 14h05


O norueguês Salum Ageze Kashafali assombrou Tóquio 2020 ao conquistar a melhor marca dos 100 metros rasos na história das Paralimpíadas na noite de domingo (manhã de domingo no Brasil): 10s43 na final da categoria T12 (atletas de baixa visão). Sua história de vida apenas valoriza ainda mais o feito.

Kashafali fugiu da guerra civil na República Democrática do Congo junto com sua família quando ainda era criança. Eles encontraram refúgio na Noruega, mas passaram por muita dificuldade.

– Não sei o que dizer, cara (começa a chorar). Eu vim do nada. Eu pedia esmola nas ruas. Eu acreditei. Me mudei para a Noruega como refugiado. Passei por tanta coisa, de tiros à fome, e estar aqui como um dos melhores significa muito para mim. Valeu a pena. Fui de zero a alguma coisa. Tudo é possível. Estou muito feliz em ser um dos atletas paralímpicos mais velozes da história – disse Kashafali.

A marca de 10s43 bateu os 10s46 do irlandês Jason Smyth na categoria T13 em Londres 2012. O tempo é apenas 1 centésimo mais lento que os 10s42 do brasileiro Petrúcio Ferreira dos Santos no Mundial de 2019 na T47, melhor marca de um atleta paralímpico na história.

– O objetivo era ganhar uma medalha. Eu sei que sou veloz, mas não esperava correr tão rápido assim. Isto foi apenas um bônus – afirmou Kashafali.

.

.

.

Fontes: Ge – Globo Esporte.

Compartilhe  

últimas notícias