A Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio lançou uma campanha para recolher denúncias de abuso policial ou violações de direitos trabalhistas na Grande
Redação Publicado em 23/04/2020, às 00h00 - Atualizado às 17h15
A Rede de Proteção e Resistência ao Genocídio lançou uma campanha para recolher denúncias de abuso policial ou violações de direitos trabalhistas na Grande São Paulo durante a pandemia do coronavírus.
Segundo uma das integrantes do grupo, Marisa Feffermann, a intenção é mostrar as situações para as autoridades. A rede mantém canais de diálogo com a Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo e com o Ministério Público. “Acontece que quando as pessoas saem menos na rua, as questões que já eram invisibilizadas ficam mais invisíveis ainda”, enfatiza a ativista.
Com a campanha, o grupo pretende conseguir expandir o alcance além dos 35 articuladores que já atuam coletando denúncias nas periferias da capital. Para que isso seja possível, a rede também busca garantir a segurança das vítimas através do anonimato.
“O medo é uma constante. Então, a nossa grande preocupação é acompanhar os casos e fazer o mapeamento de onde as coisas estão acontecendo. Fazendo o mapeamento, você tem condições de cobrar uma política pública”, explica Marisa.
Um dos pontos mais problemáticos, de acordo com a ativista, tem sido os bailes funk, que continuam a acontecer em algumas partes da cidade e já foram alvo de ação policial.
“Qualquer manifestação cultural tem que ser respeitada. Mas a gente também sabe que nesse momento de pandemia, quem vai ser mais afetada é a população vulnerabilizada”, diz Marisa. Ela defende que seja estabelecido um diálogo com os jovens que vivem fora do centro, em vez da truculência policial.
“Vários articuladores da rede têm saído para fazer esse trabalho, que deveria ser do estado, de pedirem para as pessoas se cuidarem”, conta a ativista sobre como o grupo tem tentado contornar o problema do desrespeito ao distanciamento social nas periferias. Segundo ela, a rede já reuniu diversos vídeos que mostram ações desproporcionais da polícia para interromper os bailes.
No ano passado, nove pessoas morreram após uma intervenção da Polícia Militar em um baile funk na favela de Paraisópolis, zona sul paulistana.
O governador João Doria tem afirmado que a polícia deve intervir para impedir a realização desse tipo de festa durante a quarentena no estado. “Vocês são promotores do mal e devem ser condenados por isso. Não faz sentido nenhum a gente querer sobrepor interesses particulares aos das comunidades”, disse o governador ao se referir aos organizadores desses eventos durante a entrevista coletiva sobre a adoção das medidas de distanciamento social no estado, no dia 21 de março.
Outro foco de atuação da rede neste momento são os desrespeitos aos direitos trabalhistas em meio a pandemia. “As pessoas são demitidas sem razão nenhuma. As condições de trabalho são péssimas”, exemplifica Marisa sobre as denúncias recebidas.
Para denunciar violações no ambiente de trabalho a pessoa pode entrar usando o formulário disponibilizado pelo grupo.
Em caso de abuso policial, as informações podem ser direcionadas por outro documento também criado pela rede.
EBC
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