O Tribunal de Justiça da União Europeia rejeitou nesta quinta-feira (24) um recurso impetrado pelo alemão Christian Bruckner contra a sua detenção após ser
Redação Publicado em 24/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 13h25
O Tribunal de Justiça da União Europeia rejeitou nesta quinta-feira (24) um recurso impetrado pelo alemão Christian Bruckner contra a sua detenção após ser extraditado da Itália para a Alemanha. O homem é o principal suspeito de ter raptado a menina britânica Madeleine McCann em 2007.
Os italianos executaram um mandado europeu em aberto, mas o alemão afirmava que a Itália o extraditou por um crime e ele foi preso por outros delitos em seu território natal. No entanto, o Tribunal entendeu que o juiz italiano autorizou a extradição e o posterior julgamento “por outros fatos cometidos” pelo acusado e que isso “não viola o direito europeu”.
O Tribunal não confirmou a identidade do acusado, apenas limitou-se a dizer que era um homem de nacionalidade alemã que tinha sido julgado por três processos diferentes. Fontes do judiciário, entretanto, confirmaram a identidade de Bruckner.
O alemão foi condenado em 2011 a uma pena de detenção de um ano e nove meses, que acabou ficando suspensa porque ele não estava no país.
Cinco anos depois, ele foi condenado em outro processo, por “atos ilícitos” cometidos em Portugal, e a justiça de Hannover emitiu um pedido de extradição do homem, que morava em terras portuguesas à época. No mesmo ano, 2016, Bruckner foi extraditado para a Alemanha para cumprir a pena dessa segunda decisão judicial.
Em 2018, com o alemão ainda preso, a Justiça local questionou os portugueses para que consentissem que fosse também aplicada a primeira condenação, mas os últimos não responderam e o acusado foi solto. Então, o alemão foi morar nos Países Baixos e depois na Itália.
Como os portugueses não responderam ao pedido, ainda em 2018, a Justiça determinou um novo mandado europeu para conseguir executar a pena de 2011. Naquele mesmo ano, os alemães abriram um terceiro processo, sobre um estupro cometido por Bruckner contra uma mulher de 72 anos em 2005, também em Portugal.
Assim como ocorrera com os juízes portugueses, a Alemanha fez uma solicitação formal à Justiça italiana para que desse sua permissão para que Bruckner cumprisse também uma futura pena no caso de estupro, caso fosse considerado culpado, ao que os italianos deram autorização. Em 2019, o alemão foi condenado a sete anos de prisão pelo estupro.
A defesa recorreu da decisão, mas o Tribunal europeu deu a ação favorável à Justiça da Alemanha.
Bruckner tornou-se o principal suspeito do desaparecimento da pequena Maddie neste ano, em uma grande reviravolta no caso liderada por investigadores alemães.
A britânica, que tinha três anos à época do crime, teria sido estuprada e morta pelo alemão, segundo os investigadores. No entanto, a família ainda mantém as esperanças de encontrar a menina viva.
Além de Madeleine, a Procuradoria-Geral da Alemanha investiga, ao menos, outros quatro casos de crianças e adolescentes desaparecidos ou mortos tanto em Portugal como na Alemanha que podem ter sido cometidos por Bruckner.
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iG
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