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Quando um está bem, o outro vai mal: como a gangorra recente afetou São Paulo e Palmeiras

São Paulo e Palmeiras voltam a fazer um jogo que pode ser decisivo para o título brasileiro depois de dez anos. A última vez em que os dois chegaram juntos na

Quando um está bem, o outro vai mal: como a gangorra recente afetou São Paulo e Palmeiras
Quando um está bem, o outro vai mal: como a gangorra recente afetou São Paulo e Palmeiras

Redação Publicado em 06/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h16


São Paulo e Palmeiras voltam a fazer um jogo que pode ser decisivo para o título brasileiro depois de dez anos. A última vez em que os dois chegaram juntos na disputa pelo troféu foi em 2009. E nenhum levou – o Palmeiras, que era líder, caiu e terminou em quinto, fora até da zona de Libertadores, enquanto o São Paulo acabou em terceiro, dois pontos atrás do campeão Flamengo.

De lá pra cá, viveram o efeito gangorra: quando um está bem, o outro está mal. A célebre entrevista do então presidente são-paulino Carlos Miguel Aidar dizendo, em 2014, que o Palmeiras havia “se apequenado”, é exemplo disso: na época, o Verdão sofria com falta de receitas e corria risco de cair pela terceira vez no Brasileirão.

Um ano depois, o Palmeiras tinha o maior patrocínio do Brasil e a arena que mais gera receitas, enquanto o São Paulo, passando por grave crise política (que culminou na saída do próprio Aidar), teve de brigar para continuar sendo um dos poucos clubes a nunca ter sido rebaixado.

Esse movimento de gangorra, porém, é mais antigo: começou ainda nos anos 90. Quando o Palmeiras tinha o patrocínio milionário da Parmalat, o São Paulo sofria para pagar a reforma do Morumbi. Quando o Tricolor se mostrou o primeiro clube totalmente adaptado à Lei Pelé e montou um timaço na década seguinte (que culminaria com títulos da Libertadores, do Mundial e três seguidos no Brasileirão), o Verdão sofria seu primeiro rebaixamento no Brasileiro.

Nesse período, dois tabus são construídos: o Palmeiras não vence o São Paulo no Morumbi desde 2002, enquanto o Tricolor vive a situação de nunca ter vencido o rival em sua nova arena, inaugurada em 2014.

Neste sábado, os dois rivais, vizinhos de muro com seus modernos centros de treinamento no bairro da Barra Funda, duelam às 18h, no Morumbi, pela liderança do Brasileirão. Oportunidade rara de ver os dois brigando pelo mesmo título.

Veja abaixo como os rivais São Paulo Palmeiras vêm oscilando desde 1993: quando um está bem, o outro patina.

1993

Foi o último ano em que ambos tiveram conquistas expressivas: o Palmeiras foi campeão brasileiro (e também paulista, que, na época, tinha enorme expressão, principalmente pelo tabu vivido pelo clube alviverde), e o São Paulo ganhou a dobradinha Libertadores e Mundial (pelo segundo ano consecutivo, aliás).

São Paulo foi bicampeão mundial em 1993 — Foto: Reprodução

São Paulo foi bicampeão mundial em 1993 — Foto: Reprodução

Ou seja: uma temporada de glórias tanto para palmeirenses como para são-paulinos. Isso ainda pode acontecer este ano, com o Palmeiras ganhando a Libertadores (e o Mundial) e o São Paulo levando o Brasileiro. Será que dá?

Palmeiras foi campeão brasileiro em 1993 — Foto: Palmeiras.com.br

Palmeiras foi campeão brasileiro em 1993 — Foto: Palmeiras.com.br

Ah, e foi em 1993 que os dois rivais protagonizaram um de seus maiores duelos na história do Campeonato Brasileiro. E deu Verdão, no Morumbi: o São Paulo disputaria o Mundial no fim de semana seguinte, e estava à frente do Palmeiras no Grupo B da segunda fase. Era um grupo com quatro times: São Paulo, Palmeiras, Remo e Guarani. Quem ganhasse o jogo iria pra final. O Palmeiras ganhou por 2 a 0, com um golaço de César Sampaio. E no fim de semana seguinte o São Paulo foi bicampeão mundial.

1994

Não dá pra dizer que o São Paulo tenha tido um ano ruim. O clube, ainda comandado por Telê Santana, chegou à terceira final seguida de Libertadores, mas perdeu nos pênaltis para o Vélez Sarsfield.

Palmeiras campeão brasileiro em 1994 — Foto: Edu Garcia / Estadão Conteúdo

Palmeiras campeão brasileiro em 1994 — Foto: Edu Garcia / Estadão Conteúdo

O maior problema para o torcedor tricolor for ver seus dois rivais da cidade de São Paulo chegarem juntos à final do Brasileirão. E deu Palmeiras, com uma vitória por 3 a 1 e um empate em 1 a 1 com o Corinthians, ambos no Pacaembu (o São Paulo foi eliminado nas quartas pelo Guarani, time de melhor campanha na primeira fase).

1995

O Palmeiras não conquistou títulos, mas ainda tinha um time competitivo (ainda que em transição), graças ao aporte financeiro da Parmalat.

Já o São Paulo iniciava uma fase duríssima nas finanças, por conta da necessidade da reforma do Morumbi. A obra estrutural para reforçar as 72 colunas que sustentam o estádio foi caríssima e interditou o anel superior da casa tricolor. Foi por isso (e pela violência entre torcidas na capital) que clássicos importantes passaram a ser levados para cidades do interior paulista, como Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Presidente Prudente.

Enquanto o São Paulo pagava pelos amortecedores do Morumbi, o Palmeiras contratava Vanderlei Luxemburgo, que montaria, no primeiro semestre do ano seguinte, um dos times mais fortes da história do futebol brasileiro.

1996

O São Paulo voltou a poder usar o Morumbi, e até chamou o time olímpico da Dinamarca para um amistoso (1 a 1) comemorativo. Mas a conta da reforma não estava nem perto de ser quitada, e a diretoria não conseguiu montar um time competitivo.

Enquanto isso, o Palmeiras assombrava o Brasil com um supertime que atropelava todo mundo no Paulistão. Foram 102 gols em 30 jogos (27 vitórias, dois empates e uma única derrota, para o Guarani). Djalminha, Müller, Luizão e Rivaldo formavam o quarteto ofensivo.

Palmeiras campeão paulista em 1996 — Foto: Djalma Vassão / Arquivo Agência Estado

Palmeiras campeão paulista em 1996 — Foto: Djalma Vassão / Arquivo Agência Estado

No Brasileirão, enquanto o São Paulo nem obteve vaga entre os oito finalistas, o Palmeiras fez a terceira melhor campanha da primeira fase, mas foi eliminado nas quartas pelo seu grande algoz na época, o Grêmio de Luiz Felipe Scolari.

1997

O Palmeiras continuava em alta, disputando títulos. No Brasileirão, conquistou a vaga na final sem sustos, num quadrangular que tinha Santos, Inter e Atlético-MG, mas perdeu a final para o Vasco (com dois empates em 0 a 0). Já o São Paulo, mais uma vez, terminou no meio da tabela, em 12º, entre Sport e Paraná Clube.

1998

Foi o ano da primeira das três conquistas do Palmeiras na Copa do Brasil (os outros seriam 2012 e 2015), título que o São Paulo não conquistou até hoje.

Oséas e Zinho comemoram o título da Copa do Brasil de 1998 pelo Palmeiras — Foto: Agliberto Lima / Estadão Conteúdo

Oséas e Zinho comemoram o título da Copa do Brasil de 1998 pelo Palmeiras — Foto: Agliberto Lima / Estadão Conteúdo

No Brasileirão, o Palmeiras fez a segunda melhor campanha na primeira fase, mas foi eliminado pelo Cruzeiro (a quem havia derrotado na final da Copa do Brasil), enquanto o São Paulo, mais uma vez, fazia campanha ruim: terminou em 15º, a quatro pontos da zona do rebaixamento.

Raí levou o São Paulo ao título de campeão paulista em 1998 — Foto: Estadão Conteúdo

Raí levou o São Paulo ao título de campeão paulista em 1998 — Foto: Estadão Conteúdo

No primeiro semestre, porém, o São Paulo teve um motivo para comemorar: o título paulista, batendo o Corinthians na decisão, com show de Raí, França e Denilson. Foi um raro ano, portanto, em que tanto Palmeiras como São Paulo conquistaram um título.

1999

Foi o ano do único título do Palmeiras na Libertadores até hoje – e sob o comando de Luiz Felipe Scolari, como agora –, batendo os colombianos do Deportivo Cali na decisão. Na final do Mundial contra o Manchester United no Japão, porém, derrota por 1 a 0.

Felipão era o técnico do Palmeiras na conquista da Libertadores em 1999 — Foto: Arquivo / Agência Estado

Felipão era o técnico do Palmeiras na conquista da Libertadores em 1999 — Foto: Arquivo / Agência Estado

O São Paulo apresentou melhora no Brasileirão em relação aos anos anteriores e voltou a disputar a fase de mata-mata depois de cinco anos. Mas acabou sendo eliminado pelo Corinthians nas semifinais, enquanto o Palmeiras, focado em seu “Projeto Tóquio”, terminou em décimo.

2000

Olha a gangorra em ação: enquanto o Palmeiras via a saída da Parmalat, o São Paulo começava a se reerguer.

O Tricolor foi campeão paulista, batendo o Santos na final, com direito a gol de falta de Rogério Ceni. Na Copa do Brasil, fez sua melhor campanha – perdeu a decisão para o Cruzeiro, com um gol no finalzinho.

São Paulo foi campeão paulista em 2000 — Foto: saopaulofc.net

São Paulo foi campeão paulista em 2000 — Foto: saopaulofc.net

No Brasileiro, o Palmeiras (11º na primeira fase) eliminou o próprio São Paulo (sexto) nas oitavas de final, mas, na sequência, caiu frente ao surpreende São Caetano, no Palestra Italia.

2001

Enquanto o Palmeiras era garfado mais uma vez pelo Boca Juniors na Libertadores, o São Paulo começava a formar um time com bons valores das equipes de base (Kaká, Julio Baptista).

O jovem Kaká comanda o Tricolor na conquista do Rio-São Paulo em 2001 — Foto: AFP

O jovem Kaká comanda o Tricolor na conquista do Rio-São Paulo em 2001 — Foto: AFP

Com eles, o Tricolor ganhou o Torneio Rio-São Paulo, que à época ainda tinha algum status, e chegou às quartas de final do Brasileirão.

2002

A gangorra: enquanto o São Paulo fazia a melhor campanha da primeira fase do Brasileirão, com direito a uma sequência de dez vitórias, o Palmeiras amargava seu primeiro rebaixamento.

O São Paulo acabou sendo eliminado nas quartas de final pelo Santos de Diego e Robinho, mas, àquela altura, já se firmara novamente como uma das grandes potências do futebol nacional.

Alex aplica chapéu em Rogério Ceni e ajuda Palmeiras a conquistar sua última vitória sobre o São Paulo no Morumbi — Foto: Editoria de Arte

Alex aplica chapéu em Rogério Ceni e ajuda Palmeiras a conquistar sua última vitória sobre o São Paulo no Morumbi — Foto: Editoria de Arte

Para o Palmeiras, o ano também marca a última vitória sobre o rival tricolor no Morumbi: 4 a 2, com golaço de Alex.

2003

O primeiro semestre continuou sendo um tormento para o torcedor palmeirense, que viu seu time perder por 7 a 2 para o Vitória na Copa do Brasil. O segundo semestre, porém, acabou sendo de festa, com direito a título. Ok, nem todos gostariam de ter essa conquista no currículo. Mas o fato é que, com um time capitaneado pelo ídolo Marcos, e muitos garotos emergentes como Vagner Love, o Palmeiras ganhou a Série B. Pena que esse título se repetira dez anos depois…

Já o São Paulo tinha altas expectativas no time formado por Rogério Ceni, Kaká e Luis Fabiano. Mas essa ansiedade não se transformou em títulos (o time foi vice paulista e terceiro no Brasileiro), e a principal torcida organizada protestou jogando pipocas nos jogadores.

Kaká foi quem mais sentiu. Depois de ser vaiado no Morumbi, acabou sendo negociado com o Milan por “apenas” US$ 8,5 milhões. Quatro anos depois, ele viria a ser eleito o melhor jogador do mundo (e vendido para o Real Madrid em 2009 por 67 milhões de euros).

Vagner Love surgiu em 2003 e ajudou o Palmeiras a sair da Série B — Foto: Junior Lago/Futura Press

Vagner Love surgiu em 2003 e ajudou o Palmeiras a sair da Série B — Foto: Junior Lago/Futura Press

2004

A relação entre torcida e time do São Paulo continuou conturbada, a ponto de Rogério Ceni e Luis Fabiano serem hostilizados num clássico no Pacaembu contra o próprio Palmeiras. O ex-goleiro diz que, naquele dia, chorou no vestiário.

Comandado por Cuca, o São Paulo ainda chegou às semifinais da Libertadores, mas perdeu para o modesto Once Caldas, da Colômbia (que viria a ser campeão), terminando mais um ano sem título – ainda que com a espinha dorsal do time que viria a conquistar o mundo no ano seguinte.

Já o Palmeiras, com um elenco bem mais modesto, e vindo da segunda divisão, comemorou muito o quarto lugar no Brasileiro, que o levou de volta à Libertadores. A grande decepção no ano foi a eliminação na semifinal do Paulistão para o Paulista de Jundiaí.

2005

Pela terceira vez, o mundo foi do São Paulo. Depois de ser campeão paulista com Emerson Leão (seu último título estadual, aliás), o clube conquistou Libertadores e Mundial de Clubes com Paulo Autuori. A conquista no Japão veio após uma vitória por 1 a 0 sobre o Liverpool, com show do capitão Rogério Ceni.

Para chegar lá, o São Paulo eliminou o Palmeiras nas oitavas de final da Libertadores com duas vitórias: 1 a 0 no Palestra (gol de Cicinho) e 2 a 0 no Morumbi. Este último jogo rende reclamação dos palmeirenses até hoje, já que, quando a partida estava 0 a 0 (e o São Paulo tinha um homem a menos), a arbitragem ignorou pênalti de Mineiro em Corrêa.

São Paulo venceu o Mundial de Clubes em 2005: ápice no período — Foto: Getty Images

São Paulo venceu o Mundial de Clubes em 2005: ápice no período — Foto: Getty Images

2006

São Paulo e Palmeiras voltaram a se encontrar nas oitavas da Libertadores, e novamente com polêmica de arbitragem. Após empate no primeiro jogo (1 a 1 no Palestra), o Tricolor garantiu a classificação na partida de volta com um pênalti contestado pelos palmeirenses até hoje, de Cristian em Júnior. Por ironia, um lance parecidíssimo com o de Ralf em Dudu na final do Paulistão deste ano entre Palmeiras e Corinthians (aquele que o árbitro deu e depois voltou atrás).

O São Paulo chegou à final da Libertadores, mas acabou sendo derrotado pelo Internacional.

Já o Palmeiras fez um Campeonato Brasileiro medonho, terminando na 16ª colocação, a última antes da zona do rebaixamento. O campeão? São Paulo.

Pênalti de Cristian em Júnior decide classificação do São Paulo contra o Palmeiras, em 2006 — Foto: Eduardo Nicolau/Estadão Conteúdo

Pênalti de Cristian em Júnior decide classificação do São Paulo contra o Palmeiras, em 2006 — Foto: Eduardo Nicolau/Estadão Conteúdo

2007

Mais um ano difícil para o Palmeiras, mais um ano de glória para o São Paulo.

Enquanto o Tricolor papava seu quinto título brasileiro, o segundo consecutivo, o Verdão amargava vexames como uma eliminação em casa para o Ipatinga na segunda fase da Copa do Brasil.

2008

O Palmeiras começa o ano empolgado com a parceria com a Traffic e a contratação de vários jogadores promissores. Logo de cara, o título paulista, e com direito a farra (Valdivia tirando onda com Rogério Ceni) contra o rival São Paulo nas semifinais.

Mas esse acabou sendo o único título do curto período de parceria com a Traffic.

Quem terminou a temporada rindo à toa foi, mais uma vez, o São Paulo, que conquistou seu sexto troféu do Brasileirão, o terceiro consecutivo, fazendo com que seu departamento de marketing adotasse o termo “soberano” para o clube.

Muricy Ramalho levou o São Paulo ao terceiro título do Brasileirão consecutivo em 2008 — Foto: Divulgação

Muricy Ramalho levou o São Paulo ao terceiro título do Brasileirão consecutivo em 2008 — Foto: Divulgação

2009

Ano doloroso para o Palmeiras, que chegou a liderar com folga o Campeonato Brasileiro, mas sofreu uma derrocada na fase final e terminou em quinto, fora até da zona de Libertadores e atrás, mais uma vez, do rival São Paulo, terceiro, dois pontos atrás do campeão Flamengo.

Na Libertadores, os dois caíram nas quartas: o Palmeiras para o Nacional do Uruguai, o São Paulo para o Cruzeiro.

Petkovic guiou Flamengo ao título: inclusive com vitória na casa do Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

Petkovic guiou Flamengo ao título: inclusive com vitória na casa do Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

2010

Ano ruim e sem títulos para ambos, com campanhas discretas no Paulistão e no Brasileirão.

Menos pior para o São Paulo, que começou o ano com mais um título da Copinha (com surgimento de Lucas Moura, que depois lhe renderia uma bolada de mais de R$ 100 milhões) e ainda bateu na trave na busca por mais uma final de Libertadores – caiu na semifinal, para o Inter.

Nos bastidores, porém, o São Paulo teve uma derrota marcante, ao ver o projeto da Arena Corinthians ser anunciado como sede paulista para a Copa do Mundo de 2014. Como o Palmeiras já tinha também um projeto para reforma completa de seu estádio em andamento, o Tricolor ficou pra trás e hoje é, dos três grandes da capital, o único sem uma arena moderna, importante fonte de receita para o rival alviverde.

Lucas Moura é o segundo em pé da esquerda para a direita, exibindo a medalha: título da Copinha foi único ponto alto entre São Paulo e Palmeiras — Foto: Divulgação

Lucas Moura é o segundo em pé da esquerda para a direita, exibindo a medalha: título da Copinha foi único ponto alto entre São Paulo e Palmeiras — Foto: Divulgação

2011

Outro ano ruim e sem título para ambos, mas ligeiramente pior para o Palmeiras, eliminado da Copa do Brasil pelo Coritiba com uma goleada por 6 a 0.

No Brasileirão, o São Paulo terminou em sexto, a um ponto da zona de classificação para a Libertadores, enquanto o Palmeiras foi apenas o 11º.

2012

Outro raro ano em que ambos conquistaram um título: o Palmeiras levou a Copa do Brasil, o São Paulo ficou com a Copa Sul-Americana.

Rogério Ceni e Lucas celebram título da Sul-Americana de 2012 — Foto: Rubens Chiri / www.saopaulofc.net

Rogério Ceni e Lucas celebram título da Sul-Americana de 2012 — Foto: Rubens Chiri / www.saopaulofc.net

Mas a gangorra colocou São Paulo no alto (de volta à Libertadores, com a quarta colocação no Brasileirão) e Palmeiras por baixo (rebaixado pela segunda vez na competição nacional).

E tudo isso, claro, passando pelo pesadelo de ver o maior rival em comum, o Corinthians, ganhar Libertadores e Mundial. Dureza…

No mesmo ano, Palmeiras venceu a Copa do Brasil, mas acabou caindo no Brasileiro — Foto: Marcos Ribolli

No mesmo ano, Palmeiras venceu a Copa do Brasil, mas acabou caindo no Brasileiro — Foto: Marcos Ribolli

2013

O Palmeiras conquistou o bi da Série B, aquele torneio que, se pudesse, nem disputaria. Como campeão da Copa do Brasil de 2012, jogou a Libertadores e… foi eliminado pelo Tijuana, do México, nas oitavas de final.

Mas o São Paulo também não teve um ano bom e, assim como o rival alviverde, caiu nas oitavas, com duas derrotas para o Atlético-MG. No Brasileiro, terminou no meio da tabela, em nono.

2014

O Palmeiras inaugurou sua nova arena, mas, por um triz, não foi rebaixado pela terceira vez no Brasileirão – se o Vitória tivesse vencido o Santos em Salvador, o time alviverde cairia, já que não conseguiu vencer o Atlético-PR, em casa, na última rodada. Apenas empatou por 1 a 1, com o gol alviverde marcado por Henrique Dourado (de pênalti, claro).

O São Paulo, por sua vez, contou com o retorno de Kaká para ter mais uma boa participação no Brasileirão, terminando em segundo.

Gol de Henrique Dourado na última rodada ajudou a livrar Palmeiras de nova queda — Foto: Marcos Ribolli

Gol de Henrique Dourado na última rodada ajudou a livrar Palmeiras de nova queda — Foto: Marcos Ribolli

2015

Olha a gangorra aí em ação novamente: com patrocínio e programa de sócio-torcedor forte, além das receitas da nova arena, o Palmeiras desponta como um dos grandes times no cenário nacional e conquista a Copa do Brasil.

O São Paulo ainda terminaria em quarto no Brasileiro, garantindo vaga na Libertadores. Mas novamente sem nenhum título e nenhuma perspectiva de crescimento. E com uma derrota por 4 a 0 para o Palmeiras na arena do rival…

Palmeirenses celebram, tricolores lamentam: a tônica do Choque-Rei em 2015 — Foto: Marcos Ribolli

Palmeirenses celebram, tricolores lamentam: a tônica do Choque-Rei em 2015 — Foto: Marcos Ribolli

2016

Com o elenco mais badalado do Brasil, o Palmeiras fracassa na Libertadores e é eliminado ainda na primeira fase. Mas começa a nadar de braçada no cenário nacional e conquista seu nono título brasileiro.

Já o São Paulo é eliminado pelo Audax nas quartas do Paulistão e para o Juventude na Copa do Brasil. No Brasileirão, passa a maior parte do torneio na parte de baixo da tabela e termina em décimo. Só na Libertadores vai bem e chega à semifinal, quando é eliminado pelo Atlético Nacional, da Colômbia.

2017

Mais uma vez, o Palmeiras luta na parte de cima da tabela no Brasileirão (termina em segundo, como principal sombra do rival Corinthians), e o São Paulo luta para não ser rebaixado. Graças, principalmente, a Hernanes, o Tricolor conseguiu se salvar.

Na Libertadores, porém, o Verdão volta a decepcionar e é eliminado nas oitavas pelo Barcelona de Guayaquil.

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