O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Bacia de Santos, executado pela Petrobras, realizou hoje (11), em parceria com o Instituto Gremar, a soltura de
Redação Publicado em 11/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 19h44
O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Bacia de Santos, executado pela Petrobras, realizou hoje (11), em parceria com o Instituto Gremar, a soltura de 31 pinguins, no Parque Estadual Marinho da Laje de Santos. Resgatados este ano, os animais, da espécie pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), do Estreito de Magalhães, na Argentina, passaram por tratamento veterinário e, agora, após a estabilização do quadro clínico, retornarão ao habitat natural.
De acordo com o oceanógrafo Carlos Belruss, da Mineral Engenharia e Meio Ambiente, empresa responsável técnica pela execução do PMP-BS no estado de São Paulo, a soltura foi realizada em alto mar, a 45 quilômetros da costa, respeitando as condições oceânicas do litoral paulista.
Segundo ele, os pinguins encontrados nas praias brasileiras, em sua maioria, estão em seu primeiro ano de vida e chegam desidratados e muito debilitados pela longa viagem de migração. “Normalmente, devido à migração, os pinguins encontrados estão abaixo do peso, exaustos e em alguns casos feridos. Além disso, animais encontrados mortos, através das necrópsias, constatamos a presença de resíduos sólidos (lixo) no trato gastrointestinal”, explicou.
Desde o início do ano, mais de 4.450 pinguins foram encontrados no litoral brasileiro. Muitos são resgatados machucados por embarcações, apetrechos de pesca ou afetados pelos resíduos sólidos. Todos os animais marinhos encontrados são avaliados e, quando necessário, são encaminhados para o atendimento veterinário. Antes de retornarem ao mar, cada um dos animais recebeu um chip que permitirá o acompanhamento, caso reapareçam em outra região.
De acordo com a gerente geral de Licenciamento e Conformidade Ambiental da Petrobras, Daniele Lomba, 81 pinguins ainda estão em reabilitação nas unidades do PMP-BS. Assim que estiverem restabelecidos, também serão devolvidos à natureza. “Trabalhamos com diversas organizações científicas para a execução e eficiência deste projeto, que tanto colabora com os órgãos ambientais na conservação e na gestão ambiental.”
As equipes dos Projetos de Monitoramentos de Praias (PMPs) atuam diariamente com foco no resgate de animais marinhos vivos debilitados e registro e análise de carcaças de animais mortos. Atualmente, a Petrobras mantém quatro PMPs, que, juntos, atuam em 10 estados litorâneos, acompanhando mais de 3 mil quilômetros de praias em regiões onde a companhia atua. O PMP da Bacia de Santos é o mais recente. Criado em 2015, ele está presente em quatro estados do Sudeste, desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ).
Estruturados e executados pela Petrobras para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, o PMP é o maior programa de monitoramento de praias do mundo. Fiscalizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o monitoramento compreende o resgate, a reabilitação e a soltura de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, contribuindo para a definição de políticas públicas para a conservação da biodiversidade marinha.
Os Projetos de Monitoramento das Praias trabalham em parceira com as comunidades locais. Ao avistar baleias, lobos ou leões-marinhos, golfinhos, pinguins, aves e tartarugas marinhas nas praias, vivos ou mortos, a população pode acionar o PMP da sua região.
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AGENCIA BRASIL
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