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Professor e alunos levam churrasqueira e queimam máscaras em escola na Zona Sul de SP após fim da obrigatoriedade

Um professor de uma escola estadual na Zona Sul de São Paulo levou, na sexta-feira (18), uma churrasqueira para a sala de aula para queimar as máscaras contra

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Redação Publicado em 19/03/2022, às 00h00 - Atualizado às 21h38


Um professor de uma escola estadual na Zona Sul de São Paulo levou, na sexta-feira (18), uma churrasqueira para a sala de aula para queimar as máscaras contra a disseminação da Covid, que deixaram de ser obrigatórias no estado na última quinta-feira (17).

Um estudante da Escola Estadual Francisco de Paula Vicente de Azevedo, no Jardim Ângela, registrou com entusiasmo o momento em que o professor incendiou a primeira máscara e a jogou junto às demais na churrasqueira portátil. A gravação tem cerca de dois minutos.

“- Alguém filma! Alguém filma!
– Já está filmando.
– Vai professor! “, diz um trecho

O vídeo ainda mostra o professor tirando foto ao lado do fogo. O professor foi advertido e, segundo a Secretaria da Educação, já recebeu pedido da Diretoria Regional de Ensino para o afastamento do profissional de sala de aula.

A escola chamou os pais dos alunos que aparecem no vídeo para uma reunião na próxima segunda-feira (21).

O sindicato dos professores do estado (Apeosp) divulgou uma nota repudiando a atitude do professor. A entidade afirmou que as crianças foram incentivadas a queimar as máscaras.

A Secretaria da Educação também afirmou que repudia qualquer ato que coloque em risco a segurança dos alunos e lamentou o corrido.

De acordo com a regra estadual, o uso de máscaras seguirá obrigatório apenas em serviços de saúde e no transporte público. Na capital paulista, o uso ainda é obrigatório também em táxis, carros de aplicativo e ônibus rodoviário. Além disso, segundo normas da Anvisa, a proteção também continua necessária em aeroportos e aviões.

Parte das escolas e universidades de São Paulo decidiu manter a exigência do uso de máscara, mesmo após o fim da obrigatoriedade. Segundo advogados ouvidos pelo g1, alguns estabelecimentos ainda podem exigir o uso da proteção, por período determinado.

Nota da Seduc-SP

“A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) repudia qualquer ato que coloque em risco a segurança dos alunos, lamenta o ocorrido e informa que está apurando o caso para que todas as medidas cabíveis sejam tomadas.

“Assim que tomou conhecimento, a direção da escola advertiu o professor e a Diretoria de Ensino está pedindo o afastamento do professor das atividades docentes a partir de segunda-feira.

“O caso foi registrado no Placon, plataforma que monitora as ocorrências e o dia a dia escolar, e a equipe gestora fará junto ao Conviva um trabalho de conscientização com os professores e estudantes sobre o ocorrido. Os responsáveis dos alunos que estavam com o professor em sala de aula também foram chamados pela unidade escolar para uma reunião na segunda-feira.”

Nota do sindicato

“A Apeoesp Santo Amaro, sindicato das professoras e professores vem através desta nota repudiar com veemência a atitude de um professor de uma escola pública estadual localizada na Zona Sul. No vídeo recebido pelo sindicato crianças são incentivadas a queimarem máscaras jogando-as dentro de uma churrasqueira. Máscaras salvam vidas, fazem parte de protocolo de proteção. Achamos, inclusive que o Governo do estado erra ao liberar o uso de máscaras nas escolas. Pediremos a apuração dos fatos a Gestão da escola, Diretoria de Ensino e SEDUC.”

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G1

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