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Procura pelo rotativo do cartão de crédito em 2021 é a maior em dez anos, revela Banco Central

As concessões de empréstimos por meio do cartão de crédito rotativo para pessoas físicas avançaram em 2021 e bateram recorde, segundo números do Banco Central.

Procura pelo rotativo do cartão de crédito em 2021 é a maior em dez anos, revela Banco Central
Procura pelo rotativo do cartão de crédito em 2021 é a maior em dez anos, revela Banco Central

Redação Publicado em 09/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h28


As concessões de empréstimos por meio do cartão de crédito rotativo para pessoas físicas avançaram em 2021 e bateram recorde, segundo números do Banco Central.

A série histórica da instituição, para anos fechados, tem início em 2012. Com isso, esse é o maior patamar em dez anos.

O crédito rotativo do cartão de crédito é acionado por quem não consegue pagar o valor total da fatura na data do vencimento. A parcela que deixou de ser pago é considerada nas estatísticas do BC como essa linha de financiamento.

De acordo com o BC, o crédito concedido pelas instituições financeiras no cartão de crédito rotativo somou R$ 224,7 bilhões em 2021, uma média mensal de R$ 18,7 bilhões.

Isso representa um crescimento de 23% na comparação com os 182,7 bilhões (ou R$ 15,2 bilhões) por mês, registrados no ano anterior.

O aumento da procura pelo cartão de crédito rotativo ficou acima da expansão média das concessões de todo crédito bancário em 2021 — de 19%.

Esse crescimento também coincidiu com a alta dos juros, da inflação e no endividamento das famílias com os bancos. Em relação à renda acumulada em 12 meses, o endividamento atingiu 51,1% em outubro do ano passado (último dado disponível) — novo recorde.

Para Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), a alta no endividamento dos brasileiros, acompanhada por uma maior demanda pelo cartão de crédito rotativo, reflete o momento difícil da economia brasileira.

“É um um processo não só de endividamento elevado mas desemprego elevado, mas também de queda de renda frente à uma alta da inflação, à uma pandemia que desarranjou a estrutura familiar com a relação à renda: alguém morreu ou perdeu o emprego, ou renda foi reduzida pela menor quantidade de trabalho”, explicou.

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G1

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