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Procon fiscaliza preços para evitar altas abusivas em pandemia

Os Procons de ao menos três estados ( Rio de Janeiro , Minas Gerais e São Paulo ) estão realizando operações de checagem em locais denunciados por aumentos

Procon fiscaliza preços para evitar altas abusivas em pandemia
Procon fiscaliza preços para evitar altas abusivas em pandemia

Redação Publicado em 02/04/2020, às 00h00 - Atualizado às 13h38


Forças-tarefa em Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo fiscalizam denuncias de estabelecimentos com aumentos injustificáveis em produtos durante pandemia do novo Coronavírus.

Os Procons de ao menos três estados ( Rio de Janeiro , Minas Gerais e São Paulo ) estão realizando operações de checagem em locais denunciados por aumentos abusivos em produtos, por conta da chegada da pandemia do novo Coronavírus (Sars-CoV-2).

Forças-tarefa em RJ, MG e SP

Nesta quarta-feira (1),  policiais civis da 58ª DP  e o  Procon-RJ , realizaram uma operação em conjunto para fiscalizar alguns estabelecimentos comerciais em  Nova Iguaçu  por aumento abusivo de preços em produtos básicos, como:  feijãoarrozleiteovoalho , etc .

Em  Minas Gerais  também houve operação conjunta, entre o  ProconMG  e o  Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), na apuração e combate dos casos de aumento abusivo de preços em produtos como  álcoolem gelluvas máscaras .

Já em SãoPaulo , o governador  João Doria  realizou uma coletiva com o coordenador executivo do  Procon-SPFernando Capez , para falar sobre o aumento abusivo nos preços em botijões de gás de 13 kg . O governador afirmou: “Qualquer valor acima de R$ 70, seja R$ 71, seja R$ 80, não deve ser tolerado”.

De acordo com  Capez , será feita uma ação em parceria com o  Departamento de Polícia Estratégica  (Dope). “Não existe qualquer risco de desabastecimento de gás e nem motivo para pagar mais caro no  botijão de gás “, afirmou.

Denúncias a estabelecimentos e fornecedores

De acordo com o Procon-RJ , “foram apuradas inúmeras denúncias e diversos estabelecimentoscomerciais do município foram fiscalizados, constatando-se que o aumento de preço nestes locais ocorre em razão do acréscimo no valor de aquisição junto aos fornecedores “.

Além disso, o órgão completou: “Por tal razão, a apuração se estenderá aos fornecedores, de forma a se verificar a existência de justificativa razoável para o incremento do valor das mercadorias , visando resguardar o direito dos consumidores”.

Em Minas , foram: ” 17estabelecimentos comerciais os alvos da Operação, dentre farmácias e distribuidores situados na Capital , que foram denunciados por comercializarem as máscaras descartáveis e o álcoolemgel com preço abusivo”.

Hospitais centros desaúde  das redes pública e particular denunciaram que fornecedores de  equipamentode proteção individual  (EPI) estariam retendo estoque e aumentando os preços em mais de 300%, valendo-se da situação de urgência enfrentada”, afirmou o Procon-MG .

Na capital paulista, o Procon-SP tem observado que o botijão degás está sendo comercializado por R$ 90 e até R$ 130.

Penalidades

O Procon-MG afirmou que sua “força-tarefa pretende aplicar medidas administrativas contra os empresários responsáveis pelo aumento injustificável dos preços, aplicando penas que podem variar desde multas até a interdição do estabelecimento comercial”.

“Para os responsáveis por esse tipo de crime contra ordem econômica ainda há uma pena prevista de até dez anos de reclusão “, completou o órgão mineiro.

No Rio de Janeiro , os estabelecimentos foram orientados a tomarem as medidas preventivas à contaminação e proíbidos de comercializarem ao cliente os produtos considerados emergenciais no combate à pandemia de  Covid-19 caso a quantidade ultrapasse a quatro unidades por pessoa.

Já em São Paulo, os comerciantes que estiverem praticando um valor acima de R$ 70 poderão ser multados e até detidos por “crime contra a economia popular”.

Governo Federal

Sobre o controle de preços pelo governo federal, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,  Tereza Cristina , afirmou que “com os alimentos pode acontecer, é claro que em menor proporção, uma variação (de preços) entre uma semana e outra porque nós temos algumas dificuldades dos caminhoneiros , que pedem para os restaurantes todos os dias para que possam fazer o seu trabalho”. A declaração foi feita durante entrevista coletiva na tarde destaa quarta-feira (1).

Tereza Cristina
Arquivo/Agência Brasil
Tereza Cristina

“Temos verificado e acompanhado, mas teremos que ter calma nessa hora. O que nós temos feito é checado se realmente existe falta para ter essa subida de preço ou não, através de um gabinete que o Ministério montou de acompanhamento desse momento do  coronavírus “, completou a ministra. Ela ainda afirmou que o Brasil não corre risco de desabastecimento

ABr

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