O empresário Wagner Costa, que acusou o prefeito Edinho Araújo (MDB) de saber tudo sobre o desvio do aporte financeiro de R$ 350 mil, aprovado pela Câmara, em
Redação Publicado em 16/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h53
O empresário Wagner Costa, que acusou o prefeito Edinho Araújo (MDB) de saber tudo sobre o desvio do aporte financeiro de R$ 350 mil, aprovado pela Câmara, em favor da Empresa Municipal de Urbanismo, pode virar o vilão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga a empresa. Para o presidente da comissão, vereador Marco Rillo (PT), as investigações apontam para um direcionamento da licitação para a digitalização da Zona Azul para a empresa de Costa. Sobre os talões falsos, Rillo foi taxativo: “pra mim é uma organização criminosa”, afirmou.
As empresárias Fany Warik e Liszeila Abdala, esposa e irmão do ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Liszt Abdala, que participaram da licitação para digitalização da Zona Azul, prestaram depoimento à CPI da Emurb, nessa sexta-feira (13). Como previa Rillo, elas não apresentaram nada novo. “Não vi dolo na participação delas na licitação”, assegurou Rillo. Ele acredita na inocência das duas.
INOCENTES – Para Marco Rillo, as duas empresárias não agiram com má-fé ao participarem da licitação que teve como vencedora a empresa da principal testemunha, o empresário Wagner
Costa. “Com toda sinceridade, eu não consigo ver nessas pessoas (duas empresárias) dolo no processo”, disse. O presidente entende que elas queriam ampliar seus negócios sem qualquer maldade. “As coisas que têm sido colocadas na sindicância, às vezes têm sido cruéis com essas pessoas. Talvez para desviar o foco dos verdadeiros envolvidos”, afirmou.
De outro lado, Marco Rillo deixou claro que teria havido direcionamento da licitação para empresa de Wagner Costa. “Esse certame deveria ter sido anulado no ato”, disse. Os próximos passos da CPI da Emurb esgotou as investigações sobre a digitalização da Zona Azul. Os talões falsos usados na Zona Azul, para Rillo, confirmam a existência de “uma organização criminosa”, disse.
DIRECIONAMENTO – “Teve um direcionamento claro, absoluto, que eles tinham uma proposta de negócio com o Wagner”, afirmou Marco Rillo, ontem, ao final da audiência. Segundo o vereador, “eles (funcionários da Emurb) montaram os convites”. Rillo deixou a audiência convencido de que Wagner Costa foi beneficiado pelo edital da licitação. O empresário, procurado pelo BOM DIA, não foi localizado e nem retornou às ligações. Ele tem negado favorecimento e aponta que foi vítima.
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