As principais rodovias do estado de São Paulo receberão, nesta segunda-feira (10), um mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor transmissor da
Redação Publicado em 10/02/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h52
As principais rodovias do estado de São Paulo receberão, nesta segunda-feira (10), um mutirão de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor transmissor da dengue, da zika e da chikungunya. Coordenadas pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), as 20 concessionárias do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo programaram reforço no recolhimento de lixo, detritos e outros materiais na malha sob sua responsabilidade com o objetivo de eliminar possíveis focos das larvas do mosquito. Algumas delas também vão promover ações de conscientização das comunidades que vivem próximo às rodovias sobre a importância de manter as rodovias limpas.
A ação das concessionárias integra a programação da Primeira Semana Estadual de Mobilização Contra o Aedes Aegypti, coordenada pela Secretaria Estadual de Saúde, e que inclui atividades em todo o estado, com foco especial no controle da proliferação do mosquito.
O mutirão é um reforço ao trabalho de rotina realizado diariamente pelas concessionárias de recolha de lixo e resíduos dos 9,8 mil quilômetros de rodovias concedidas, conforme previsto nos contratos com o governo do estado de São Paulo, que são gerenciados e fiscalizados pela Artesp. Segundo a agência, ao longo de 2019 foram recolhidas, nas rodovias concedidas de São Paulo, 14,7 toneladas de lixo, além de mais 8,4 mil metros cúbicos de resíduos.
Além do mutirão de segunda-feira, as concessionárias também vão exibir nos painéis de mensagens eletrônicos ao longo das rodovias mensagens da campanha como: “Previna-se contra dengue, zika e chikungunya. Não jogue lixo nas rodovias” e “O Aedes aegypti se reproduz em água parada. Não jogue lixo nas rodovias”.
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, no mês de janeiro foram registrados 10.890 casos confirmados de dengue, com duas mortes, que ocorreram nos municípios de Presidente Venceslau e Osvaldo Cruz. Também houve oito casos de chikungunya e um de zika.
Os números indicam queda em relação a janeiro do ano passado, quando foram confirmados 24.640 casos e 17 mortes. No primeiro mês deste ano, dez cidades concentraram 42,2% dos casos, respondendo por 4.605 casos. Os municípios com maior número de casos são: Ribeirão Preto (1.076); Votuporanga (756); Catanduva (610); Potim (519); Mococa (371); Guararapes (356); Lorena (245); Cruzeiro (241); São Paulo (219) e Lucélia (212).
Além de formar focos de larvas do mosquito da dengue, o descarte de lixo nas rodovias também acarreta problemas de segurança viária. Os materiais mais recolhidos são papel, garrafas plásticas, latas de alumínio e restos de pneus. Mas há também restos de móveis como sofás, mesas, cadeiras e até geladeiras velhas, além de resíduos de construção civil, entre outros materiais.
Os materiais e resíduos abandonados nas rodovias podem entupir o sistema de drenagem das pistas, chegando a causar danos estruturais. Caso sejam carregados diretamente para os corpos d’água mais próximos da via, também podem provocar a poluição de áreas de preservação ambiental. Além disso, podem acumular água se tornando locais ideais para proliferação de outros vetores além de mosquitos, como pulgas e moscas.
Quando nas pistas, os resíduos podem provocar acidentes rodoviários, por isso a importância de realizar campanhas constantes e ações de conscientização ao longo de todo o ano.
ABr
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