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Primeiro ou segundo volante? Veja como Camacho pode encaixar no Santos em reencontro com Diniz

O Santos confirmou na última terça-feira a contratação do volante Camacho, quinto reforço do clube para a temporada. O jogador de 31 anos assinou contrato até

SANTOS
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Redação Publicado em 16/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h06


Reforço pode estrear contra o Fluminense, quinta-feira, no Maracanã; confira análise de quem o acompanhou em Corinthians e Athletico nos últimos anos

O Santos confirmou na última terça-feira a contratação do volante Camacho, quinto reforço do clube para a temporada. O jogador de 31 anos assinou contrato até o fim de 2022 após rescindir com o Corinthians.

Camacho já está regularizado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF e à disposição de Diniz. A estreia pelo novo clube pode ser já nesta quinta-feira, às 19h (e Brasília), contra o Fluminense, no Maracanã, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.

Mas como Camacho pode se encaixar no Santos? Em qual função ele rende melhor? O ge ouviu jornalistas que acompanharam Camacho de perto no Corinthians e no Athletico, seus dois últimos clubes. As análises estão mais abaixo na matéria.

Camacho, novo volante do Santos — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Camacho, novo volante do Santos — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Camacho se encaixa nas ideias de Diniz para o Santos, de mais posse de bola. O meia é visto pelo treinador como um jogador com bom passe e de auxílio na saída de jogo, podendo atuar tanto de primeiro como de segundo volante, vagas ocupadas hoje por Alison e Jean Mota.

– Sou um cara polivalente e podem esperar isso aqui também no Santos, até por conta do estilo do Diniz, que sempre pede muita movimentação no meio de campo. Eu consigo fazer ali o primeiro volante e o segundo também. Onde ele achar melhor, eu estarei à disposição – disse Camacho, ao site do clube.

Diniz e Camacho trabalharam juntos em três clubes: Guaratinguetá, Audax-SP e Athletico. A chegada do meio-campista ao Santos foi um pedido do treinador.

Além de Camacho, o Santos também contratou o zagueiro Danilo Boza, o lateral-esquerdo Moraes, o meia Vinicius Zanocelo e o atacante Marcos Guilherme.

Opinião de Marcelo Braga, setorista do Corinthians no ge

“Foi como segundo volante, no time campeão brasileiro de 2017, que Camacho viveu seus melhores momentos pelo Corinthians. Nas mãos de Fábio Carille, entrou no time na vaga de Maycon quando a equipe começou a oscilar no segundo semestre. Jogando ao lado de Gabriel, deu melhor fluência ao time que rodadas depois conquistou o heptacampeonato nacional. No primeiro semestre, participou também do título paulista.

Camacho chegou ao Corinthians um ano antes, em 2016. Tudo por conta de um ótimo Paulistão que fez naquele ano, no vice-campeonato com Fernando Diniz, no Audax. Era o jogador que mais pegava na bola e que mais dava passes naquela equipe. No Timão, sempre mostrou muita qualidade no passe, mas nem tanta firmeza na marcação.

Por um pedido de Diniz, foi para o Athletico em 2018 em uma troca com Sidcley. Retornou ao Timão em janeiro de 2020 por uma determinação de Tiago Nunes, com quem tinha sido campeão no Furacão. No 4-2-3-1 do treinador, teve ótimos momentos ao lado de Cantillo, com um revezamento nas funções de primeiro e segundo volante. Por serem dois jogadores ofensivos, o time ficou vulnerável. Gabriel, assim, tomou a vaga no Brasileirão.

Deixou o Corinthians com 123 jogos disputados e apenas três gols marcados, o que mostra sua pouca presença na área. Nunca caiu nas graças do torcedor, mas também não acumulou erros decisivos dentro de campo”.

Veja gol de Camacho pelo Corinthians

Veja gol de Camacho pelo Corinthians

Opinião de Fernando Freire, setorista do Athletico no ge

“O Camacho chegou ao Athletico no início de 2018, a pedido justamente de Diniz. Ele disputou 17 das 21 partidas com o técnico. Camacho, porém, perdeu espaço após a saída de Diniz e a promoção de Tiago Nunes. Chegou a ficar três meses sem jogar, mas voltou a aparecer entre os 11 na reta final de 2018.

Em 2019, Camacho começou como titular e disputou cinco partidas da Libertadores, mas foi pego no antidoping e ficou seis meses sem jogar. Voltou na reta final do Brasileirão. Apesar do longo período no banco em 2018 e da suspensão por doping em 2019, sempre mostrou entrega em campo e conquistou a torcida rubro-negra.

No Athletico, Camacho mostrou versatilidade, jogando de primeiro volante, segundo volante e até como um ala pela direita. A saída de Diniz e a suspensão por doping prejudicaram bastante a passagem de Camacho pelo Athletico, mas, quando teve uma sequência de jogos, ele mostrou segurança na marcação à frente da área e qualidade na saída de bola. Se estiver bem fisicamente, é um reforço interessante”.

Diniz e Camacho no Athletico — Foto: Monique Silva

Diniz e Camacho no Athletico — Foto: Monique Silva

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Fontes: Ge – Globo Esporte.

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