Em menos de 24 horas, o anúncio do Rio Branco da contratação do goleiro Bruno provocou uma série de problemas para o clube do Acre. O principal patrocinador,
Redação Publicado em 29/07/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h57
Em menos de 24 horas, o anúncio do Rio Branco da contratação do goleiro Bruno provocou uma série de problemas para o clube do Acre. O principal patrocinador, que apoiava o clube há 14 anos, rompeu contrato, a seccional do Acre da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AC) emitiu nota de protesto e a treinadora do time feminino, Rose Costa, pediu demissão após um contundente desabafo no Facebook.
“Atletas são figuras públicas, e socializam e influenciam comportamentos, e meu humilde entendimento é que essa oportunidade dada ao goleiro Bruno, em nossa amada equipe, legitima a ineficiência das leis em nosso país, socializa ainda mais a impunidade aos feminicidas e, por fim, macula a imagem de nossa equipe, pois o crime orquestrado por ele é reconhecidamente hediondo”, escreveu a treinadora, nesta última terça (28), ao confirmar o desligamento da equipe.
Apesar de toda a repercussão negativa, o presidente do Rio Branco confirmou à Agência Brasil que vai manter a contratação do ex-jogador do Flamengo. “Não imaginava que isto aconteceria, mas não volto atrás e vou manter minha palavra com ele, que chega sexta-feira (31) ao estado, que se dividiu nesta história”, avisou o dirigente, avaliando que, se não contratar Bruno, o vai condenar novamente: “Não vou fazer apresentação, porque ele vai ser tratado como um jogador comum no elenco. Vamos fazer um contrato de 6 meses e vem como reforço para o segundo turno do estadual, a Copa Verde e a Série D do Campeonato Brasileiro. Se conseguirmos uma vaga para a Copa do Brasil, ele pode continuar, mas também está livre caso tenha uma oportunidade melhor”.
Para o professor da Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro Rodrigo Machado Gonçalves, o atleta sofre um linchamento moral contínuo: “É uma pena perpétua. Apesar de já ter sido preso e condenado, ele não tem o direito ao esquecimento, algo que é agravado pelo tribunal da web e por se tratar de uma pessoa pública”. Segundo o especialista em processo penal, o trabalho é uma das exigências legais para a reinserção do preso à sociedade: “Jogar bola é a expertise dele. O crime não foi cometido dentro do campo para ele ser banido do esporte”.
Bruno Fernandes tem 35 anos e já tentou retornar aos gramados pelo Boa Esperança (MG ) e pelo Operário (MS). Em ambos os casos, acabou rechaçado pelas torcidas e não conseguiu prosseguir. O goleiro foi condenado a 20 anos e 9 meses de prisão pelo homicídio de Eliza Samudio, cometido em 2010. Desde julho do ano passado, o jogador passou a cumprir a pena em regime semiaberto. Nas redes sociais, em um perfil seguido por quase 59 mil pessoas, o atleta publica diversos vídeos, treinando na posição que o levou ser o número 1 do time de maior torcida do país.
Agência Brasil
Leia também
ONLYFANS - 7 famosas que entraram na rede de conteúdo adulto para ganhar dinheiro!
Tiktoker vende a própria filha de 17 meses para pedófilos e criança morre de forma trágica
João Guilherme não aguenta mais e abre o jogo sobre sua sexualidade
BBB 24: Saiba qual será a dinâmica para a formação do paredão e quais brothers estão 'na mira' do líder
MP quer a suspensão de taxa de transação imobiliária em Jales
PUBLICIDADE LEGAL - 29/03/2024
Solange Almeida passa por cirurgia de emergência e adia shows
“É grave que a candidata não possa ter sido registrada”, comenta Lula sobre eleição na Venezuela
BBB24: saiba quem soma mais seguidores nas redes sociais
Copa do Nordeste: saiba quanto cada clube já faturou na competição