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Presidente do Palmeiras é investigado por contrato com a Crefisa

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Presidente do Palmeiras é investigado por contrato com a Crefisa
Presidente do Palmeiras é investigado por contrato com a Crefisa

Redação Publicado em 08/03/2019, às 00h00 - Atualizado às 16h23


Assinatura do aditivo ao vínculo de patrocínio está sendo analisado pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais)

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O aditivo no contrato de patrocínio da Crefisa voltou a agitar os bastidores do Palmeiras nos últimos dias.

O presidente Maurício Galiotte e o presidente do Conselho Deliberativo Seraphim Del Grande são investigados pela Polícia Civil sobre supostas irregularidades na assinatura dos termos do vínculo, acordados em dezembro de 2017.

Segundo publicação do Uol, o pedido de averiguação encaminhado ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) foi feito pelo conselheiro Paulo Jussio, ligado ao grupo do ex-presidente Mustafá Contursi, em novembro do ano passado.

Maurício Galiotte e Seraphim Del Grande foram convocados para esclarecimentos, mas solicitaram novas datas por causa de compromissos pessoais. De acordo com pessoas ligadas ao presidente, há um sentimento de tranquilidade na diretoria por tudo ter corrido de acordo com o estatuto do clube.

ara membros da situação, a motivação da denúncia é política por ter sido feita três dias antes da eleição presidencial de 2018, que reelegeu Maurício Galiotte para um mandato de três anos, e por voltar a ser discutida três dias antes da eleição para a presidência do Conselho Deliberativo – Seraphim Del Grande tenta a reeleição na próxima segunda-feira em disputa contra Sylvio Mukai.

No ano passado, o assunto agitou a vida política palmeirense, quando o clube reconheceu dívida com a Crefisa pelo investimento em contratações depois de a empresa ser multada pela Receita Federal. A partir dali, qualquer valor em contratação repassado pela patrocinadora passou a ser considerado como empréstimo.

Opositores alegam que Galiotte não poderia ter reconhecido uma dívida superior a 10% do orçamento palmeirense sem aprovação do Conselho de Orientação e Fiscalização, além de ter assinado o aditivo de maneira retroativa – o acordo ocorreu em dezembro de 2017, quando o presidente estava licenciado, e foi oficializado em janeiro do ano seguinte.

Com a reprovação do COF do desempenho financeiro do Verdão nos meses de 2018, o assunto foi levado ao Conselho Deliberativo em agosto do ano passado. Em votação, o Órgão aprovou o contrato por 141 votos contra 67 abstenções, mas opositores reclamam que a convocação da reunião previa apenas a discussão do assunto naquela ocasião.

Em 2019, o COF aprovou por unanimidade as contas do Palmeiras do ano passado, que teve receita recorde, mas com ressalvas que serão novamente discutidas no Conselho Deliberativo. Entre os questionamentos, o principal ponto de discordância continua sendo o aditivo ao contrato com a Crefisa, que fez o clube reconhecer uma dívida iniciada em R$ 120 milhões e, de acordo com opositores, hoje é de aproximadamente R$ 150 milhões.

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