O prefeito de Wuhan, cidade chinesa tida como epicentro do surto de coronavírus que já infectou cerca de 2.800 pessoas no mundo, assumiu ter omitido diversas
Redação Publicado em 27/01/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h20
O prefeito de Wuhan, cidade chinesa tida como epicentro do surto de coronavírus que já infectou cerca de 2.800 pessoas no mundo, assumiu ter omitido diversas informações sobre a disseminação da doença. Em entrevista à emissora de televisão estatal chinesa, a CCTV, Zhou Xianwang admitiu a hipótese de renúncia.
O secretário do Partido Comunista na cidade, Ma Guoqiang, também se disse disposto a entregar o cargo. O prefeito justificou que ambos tomaram a decisão para atenuar “a indignação pública”.
“Nossos nomes estarão em meio à infâmia, mas, enquanto for útil ao controle da doença e para a sobrevivência e segurança das pessoas, o camarada Ma Guoqiang e eu assumiremos qualquer responsabilidade”, declarou Xianwang.
Profissionais da área de saúde de Wuhan têm denunciado o governo local pela reação lenta à crise do coronavírus , e moradores usaram as redes sociais para reclamar sobre a quarentena imposta à cidade, que tornou o acesso à comida e à rede de saúde ainda mais difícil. A restrição à entrada e saída foi determinada pelo próprio prefeito Xianwang. O dirigente descreveu a medida, à época, como “sem precedentes na história humana”.
Médicos e enfermeiros na cidade estão usando fraldas para adultos porque não têm tempo de ir ao banheiro devido à grande demanda de pacientes em decorrência do surto. Outros preferem usar as fraldas para não precisarem remover seus trajes de proteção e correr o risco de rasgá-los. As informações foram dadas pelo jornal britânico The Independent.
Os moradores de Wuhan descrevem como um filme de terror o cenário caótico atual nos hospitais da cidade. Corredores lotados, pacientes abandonados e uma espera angustiante e interminável. Até o momento, o coronavírus matou 81 pessoas na China , grande parte na província de Hubei, onde fica o município.
Os dirigentes chineses da província onde o novo coronavírus apareceu receberam duras críticas nas redes sociais, onde são acusados de serem incompetentes ou são ridicularizados, em meio ao desconforto em relação à administração da epidemia.
Xianwang foi ridicularizado nas redes sociais por ter colocado uma máscara ao contrário. Antes, ele e Wang Xiaodong, governador da província de Hubei, cuja capital é Wuhan, participaram de uma coletiva de imprensa sem usar máscara, violando as regras que a tornam obrigatória em espaços públicos.
“São políticos incompetentes e irresponsáveis”, disse um usuário do Weibo, o equivalente chinês do Twitter. Esses comentários são um reflexo incomum da raiva expressa publicamente na China, onde críticas contra as autoridades são normalmente censuradas.
iG
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