O diretor-geral da Polícia Federal, o votuporanguense Rogerio Galloro, colocou em xeque a Corte curitibana e até a do Rio Grande dos Sul. Em entrevista
Redação Publicado em 14/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 14h02
O diretor-geral da Polícia Federal, o votuporanguense Rogerio Galloro, colocou em xeque a Corte curitibana e até a do Rio Grande dos Sul. Em entrevista publicada pelo Estadão no final de semana, ele entregou do juiz Sergio Moro ao presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), a segunda instância da Lava Jato. Tudo gira em torno do episódio do dia 8 julho, quando o desembargador plantonista Rogério Favreto, concedeu liberdade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com a concessão da liminar em habeas-corpus, o desembargador Favreto determinou que Lula fosse colocado em liberdade imediatamente. A ordem não foi cumprida pela PF, segundo Galloro, por determinação do juiz Sérgio Moro, do relator do processo de Lula, desembargador João Gebran Neto e até do presidente TRF-4, Thompson Flores. O diretor da PF foi enfático ao afirmar que por ele, Lula teria sido solto. Galloro disse que foi pressionado pelo juiz Moro e pelos desembargadores.
Em noto oficial, o presidente do TRF-4, Thompson Flores negou que tenha pressionado a Polícia Federal para não soltar Lula. O que se tira dessa troca de farpas, e que é lamentável, é o fato de autoridades que deveriam manter o mínimo de discrição, agem nos bastidores como fazem os políticos no Congresso, levando a sociedade a um estado de desconfiança nunca visto antes. Os porões do Judiciário foram abetos e o cheiro não é nada agradável.
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