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Por que inovamos?

É quase que intrínseco ao processo de inovação e ao desenvolvimento tecnológico a obtenção de vantagens em produtividade, custos e qualidade de bens e

INOVAÇÃO
INOVAÇÃO

Redação Publicado em 03/06/2022, às 00h00 - Atualizado às 07h05


É quase que intrínseco ao processo de inovação e ao desenvolvimento tecnológico a obtenção de vantagens em produtividade, custos e qualidade de bens e serviços. Novos inventos alavancam grandes oportunidades financeiras a medida em que podem criar mercados, mas melhorias incrementais também movimentam a cadeia de valor.

É interessante pensar que muitas inovações ocorrem durante o período de grandes crises ou catástrofes. Esta constatação nos induz a concluir que determinados incentivos atuam no desenvolvimento de soluções.

No Brasil, por exemplo, em 2001, tivemos um grande blecaute energético que impulsionou diversas ações para minimização ou mitigação de impactos que poderiam trazem fortes consequências ao crescimento econômico do país. Neste mesmo momento, as lâmpadas “quentes” foram substituídas por “frias”, mais eficientes e econômicas. Concomitantemente, iniciou-se um desafio de desenvolvimento de máquinas e equipamentos que demandassem menos energia para funcionarem.

Em 2012, a Resolução 482 da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – permitiu o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica nacionais. Na prática, os consumidores passaram a ter o direito de produzirem energia solar fotovoltaica de forma autônoma e ainda se beneficiar de eventuais créditos a partir da disponibilização da energia excedente ao consumo nas redes de distribuição.

Tal resolução serviu como incentivo à investimentos na produção de energia fotovoltaica no país. Adicionalmente, os objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecido pelos países signatários da Organização das Nações Unidas (ONU) também impulsionaram a corrida por geração de energia de fontes renováveis em todo o mundo.

Recentemente, a guerra entre Rússia e Ucrânia iluminou a necessidade de investimentos em geração autônoma de energia, preferencialmente de fontes renováveis.

Países como China e Alemanha têm realizado grandes investimentos na geração de energia fotovoltaica e se dedicado em tornar os sistemas mais eficientes e baratos.

Aparentemente a combinação de incentivos, conscientização e o desejo de ter um mundo mais sustentável tem trazido benefícios. A energia fotovoltaica atingiu recentemente a marca histórica de um terawatt tornando-se a segunda fonte de energia mais utilizada no mundo, ficando atrás apenas das hidroelétricas. Estima-se que em menos de cinco anos esta fonte de energia duplique de valor.

Que assim seja!

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