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Por não terem respostas, moradores paulistas tiram do próprio bolso para melhorar pavimentação

Buracos e pavimentação das ruas lideram o número de reclamações recebidos pela Ouvidoria da cidade de São Paulo. O número de denúncias cresceu no comparativo

Por não terem respostas, moradores paulistas tiram do próprio bolso para melhorar pavimentação
Por não terem respostas, moradores paulistas tiram do próprio bolso para melhorar pavimentação

Redação Publicado em 04/02/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h30


Em 2018, foram 1975 denúncias. Ano passado, número subiu para 2604. Na Zona Leste, moradora já abriu mais de 20 chamados por conta de problema em seu bairro.

Buracos e pavimentação das ruas lideram o número de reclamações recebidos pela Ouvidoria da cidade de São Paulo. O número de denúncias cresceu no comparativo entre 2018 para 2019. Em 2018, o serviço recebeu 1975 denúncias. No ano passado, foram 2604 – o que corresponde a um crescimento de 31%. As informações são da TV Globo.

Moradora de um bairro na Zona Leste da cidade, a assistente jurídica Carmen Rosa já acionou a Prefeitura mais de 20 vezes para pedir melhorias na situação das ruas do Jardim Rodolfo Piani.

“Neste trecho, que são 72 passos, nós temos 22 buracos. Portanto, nós temos 22 protocolos. Ao menos um paliativo que se faça a ordem do tapa-buraco. (…)A gente aguarda, a gente tem esperança, mas a sensação é que realmente você está sendo lesado”.

O filho de Maria Inês tem paralisia cerebral e é cadeirante. O caminho da casa da família até o ponto de ônibus é um desafio de locomoção, força e equilíbrio. “A gente tem que dar um jeito, né? A gente que é mãe faz milagre”.

Cansado de esperar soluções dos agentes públicos, o confeiteiro Paulo Oliveira coloca entulho nos buracos e, quando consegue, compra materiais de construção. “Eu tiro do meu. Podia estar comprando uma alimentação melhor para o meu filho, para minha esposa, mas tiro para comprar concreto”.

Na época de chuvas, a situação piora. Os buracos acumulam água e ficam ainda mais perigosos não apenas para a locomoção, mas saúde.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que essa área mostrada na reportagem é uma ocupação irregular, e que vem tentando regularizar a situação das casas.

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