Na madrugada da última quarta-feira (12), a polícia de Minas Gerais começou uma ação de despejo em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
Redação Publicado em 13/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h08
Na madrugada da última quarta-feira (12), a polícia de Minas Gerais começou uma ação de despejo em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST) que abriga mais de 400 famílias.
A ação foi retomada na manhã desta quinta-feira (13), mesmo após o governador do estado, Romeu Zema (Novo) ter anunciado a suspensão do despejo. O despejo acontece no acampamento Quilombo Campo Grande.
No começo desta quinta, as autoridades destruíram a sede da Escola Popular Eduardo Galeano, que ficava dentro da área do acampamento. No local também seria construído um polo de conhecimento e tecnologia em agroecologia.
Segundo dados fornecidos pelo MST, mais de 200 policiais fortemente equipados estariam participando da ação. Há relatos de truculência policial durante a abordagem. O movimento entrou com uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para reverter a ordem de despejo, classificada pela entidade como “ilegal”.
No mesmo dia em que a ação atinge o acampamento Quilombo Campo Grande, será realizada uma manifestação contra os despejos durante a pandemia. O ato está marcado para as 14h na frente da Estação São Paulo-Morumbi do metrô. Segundo nota do MTST, entre os dias 20 de março e 20 de maio, foram executadas mais de 4 mil ações de despejo apenas no Estado de São Paulo.
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