A polícia do Haiti anunciou no domingo (11) a prisão de um cidadão haitiano que vive nos Estados Unidos e contratou os mercenários suspeitos de assassinar o
Redação Publicado em 12/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h44
A polícia do Haiti anunciou no domingo (11) a prisão de um cidadão haitiano que vive nos Estados Unidos e contratou os mercenários suspeitos de assassinar o presidente do país, Jovenel Moise.
O diretor-geral da Polícia Nacional, Léon Charles, afirmou que Charles Emmanuel Sanon, de 63 anos, “entrou no Haiti a bordo de um avião particular com objetivos políticos”.
Sanon chegou ao Haiti em junho, acompanhado de vários colombianos contratados para fazer a sua segurança, segundo Charles. “Então a missão mudou”.
“A missão era deter o presidente da República, e daí se montou a operação. Depois, mais 22 pessoas entraram no Haiti”, afirmou o chefe da polícia haitiana em uma entrevista coletiva.
Os colombianos foram contratados por meio de uma empresa de segurança venezuelana chamada CTU, que tem sede na Flórida, e a polícia chegou a Sanon após interrogar os colombianos detidos.
Segundo Charles, os suspeitos de matar o presidente ligaram para Sanon quando foram cercados.
“Quando nós, a polícia, bloqueamos o avanço desses bandidos depois de terem cometido seu crime, a primeira pessoa para quem um dos agressores ligou foi Charles Emmanuel Sanon”.
O chefe da polícia disse que, na sequência, Sanon “entrou em contato com outras duas pessoas que consideramos autores intelectuais do assassinato do presidente Jovenel Moise”. A identidade destes dois suspeitos não foi revelada.
Membros do governo americano chegaram ao Haiti no domingo para ajudar nas investigações e se reuniram com o diretor-geral da Polícia Nacional. São funcionários do FBI (a Polícia Federal dos EUA) e dos departamentos de Estado, de Justiça e de Segurança Interna.
A delegação americana também teve reuniões em separado com os principais atores políticos locais, entre eles o primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph, e o presidente do Senado, Joseph Lambert.
“Eu me reuni com a delegação americana e, juntos, valorizamos a resolução do Senado que me elegeu presidente interino da República”, escreveu Lambert em uma rede social.
Inúmeras perguntas sem respostas permanecem cinco dias após o assassinato de Moise, que foi morto a tiros em sua casa, durante a madrugada da quarta-feira (7).
A primeira-dama foi baleada e hospitalizada. Gravemente ferida, ela foi transferida para Miami, nos Estados Unidos, onde segue internada.
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G1
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