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Polícia ouve funcionários públicos sobre caso de exploração sexual

Novos suspeitos de estarem envolvidos no caso da menina de 13 anos que diz ter sido explorada sexualmente por uma aliciadora em Ipiguá (SP) prestaram

Polícia ouve funcionários públicos sobre caso de exploração sexual
Polícia ouve funcionários públicos sobre caso de exploração sexual

Redação Publicado em 08/08/2016, às 00h00 - Atualizado às 20h01


Dois funcionários da prefeitura de Ipiguá prestaram depoimento.
Segundo polícia, servidores negaram acusações e entregaram celulares.

Novos suspeitos de estarem envolvidos no caso da menina de 13 anos que diz ter sido explorada sexualmente por uma aliciadora em Ipiguá (SP) prestaram depoimentos para a Polícia Civil nesta segunda-feira (8), em São José do Rio Preto (SP). Dois funcionários da prefeitura de Ipiguá falaram com os investigadores da Polícia Civil.

Os dois funcionários chegaram à delegacia acompanhados por uma advogada. A polícia ouviu os dois durante quatro horas. O delegado José Augusto Fernandes, responsável pelo caso, disse que os servidores negaram as acusações e entregaram os celulares.

Desde a semana passada, a polícia está ouvindo pessoas que teriam envolvimento com a exploração sexual de uma adolescente de 13 anos em Ipiguá. Um ex-vereador, um vereador e um comerciante já deram depoimento na polícia. De acordo com a menor, ela era aliciada por uma mulher para fazer programas.

Na lista de suspeitos de terem pago para fazer sexo com a adolescente, tem médico, político, comerciante e funcionário público. Depois das denúncias, a menina teria sido coagida a mudar o depoimento por pessoas envolvidas no caso. Um dos suspeitos teria oferecido R$ 5 mil para ela desistir da denúncia.

Atualmente, a jovem está em um abrigo mantido sob a proteção total da Justiça. Até agora a polícia já ouviu nove pessoas citadas pela menor em depoimento ao Ministério Público e todos negaram as suspeitas.

Menor disse que teve de se prostituir para ficar na casa (Foto: Reprodução/ TV TEM)Menor disse que teve de se prostituir
(Foto: Reprodução/ TV TEM)

A exploração sexual
A promotoria da Infância e Juventude de Rio Preto e a Polícia Civil investigam o caso de exploração sexual à menina de 13 anos em Ipiguá. Segundo a adolescente, os encontros eram marcados pelo celular da aliciadora, que seria Sílvia Melo. A maioria dos encontros teria acontecido em um motel às margens da BR-153, entre Onda Verde (SP) e Ipiguá.

A jovem conta que a mãe usa drogas e a expulsou de casa no começo do ano. Por isso, foi morar na casa do namorado, em Ipiguá, cidade com cerca de 5 mil habitantes. Mesmo com o fim do relacionamento, ela continuou na casa, mas foi obrigada pela mulher a fazer programas como forma de pagamento pela moradia.

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