A Polícia Civil de São Paulo cumpre 25 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão contra criminosos especializados em roubos de carga na manhã desta
Redação Publicado em 31/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 10h46
A Polícia Civil de São Paulo cumpre 25 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão contra criminosos especializados em roubos de carga na manhã desta terça-feira (31). Segundo a investigação, a quadrilha envolvia até empresários que compravam o material roubado usando notas frias.
Até as 9h, oito pessoas tinham sido presas, entre elas o número dois do bando. Outros oito suspeitos que já estavam detidos tiveram mandados de prisão cumpridos contra eles nesta terça.
A quadrilha atuava desde 2016. Segundo as investigações, o valor arrecadado variava entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões por mês.
Ela mantinha galpões preparados com empilhadeiras para transferir a carga roubada e bloqueadores para impedir o funcionamento de rastreadores dos caminhões. Câmeras alertavam sobre a chegada da polícia.
Intitulada Ouro Branco, a operação envolveu cerca de 120 policiais em cidades do ABC, da Baixada Santista e do interior do estado (Sorocaba e Cabreúva). As polícias civis de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul auxiliavam buscando os receptadores naqueles estados. Os nomes das cidades mineiras e gaúchas onde a ação ocorre não foram informados.
O nome da operação se deve ao material que a quadrilha buscava: polietileno, que é um material branco, derivado do petróleo, usado na fabricação de artigos de plástico e combustíveis. A quadrilha também roubava bobinas de aço e de cobre (cargas caras, avaliadas entre R$ 500 mil e R$ 800mil).
Nos últimos seis meses, a quadrilha atacou caminhões nas seguintes rodovias paulistas: Castello Branco, que liga a capital ao interior; no Sistema Anchieta-Imigrantes, principal acesso ao Porto de Santos; e no Rodoanel, que interliga nove estradas.
As cargas roubadas desapareciam rapidamente. Durante a investigação, a polícia chegou a dois galpões em Mauá, no ABC, que os bandidos usavam para esconder as mercadorias.
Encontrou até empilhadeiras, usadas para transferir os produtos roubados para veículos da quadrilha. Enquanto isso era feito, nenhum celular funcionava nas redondezas. Aparelhos clandestinos, chamados de “capetinha”, bloqueiam o sinal dos telefones e também de rastreadores.
Pelas câmeras instaladas nos armazéns, os ladrões viram que a polícia estava chegando e conseguiram fugir por uma saída nos fundos.
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