A polícia Civil de São José do Rio Preto (SP) vai fazer nesta quinta-feira (23) a acareação entre os dois suspeitos de matar e acorrentar à cama uma mulher. O
Redação Publicado em 23/03/2017, às 00h00 - Atualizado às 13h38
A polícia Civil de São José do Rio Preto (SP) vai fazer nesta quinta-feira (23) a acareação entre os dois suspeitos de matar e acorrentar à cama uma mulher. O crime aconteceu no dia 12 de março e os dois homens já estão presos. A acareação servirá para a polícia tirar dúvidas sobre o assassinato.
O crime aconteceu em uma chácara, onde a vítima, Simone de Moura Facini Lopes, de 31 anos, alfabetizava um dos suspeitos. A polícia quer fazer essa acareação porque até agora as versões dos dois suspeitos não batem com os fatos.
Francisco Lopes Ferreira, 64 anos, e Juvenal Pereira Santos, 47 anos, foram presos em momentos diferentes e já prestaram depoimentos, mas ainda não foram colocados frente a frente. Juvenal disse que não praticou o crime e Francisco que agiu sozinho, mas a polícia desconfia das versões.
“Esperamos que na acareação sejam preenchidas lacunas que não foram esclarecidas. Uma peça de roupa na Simone sumiu e ninguém explicou onde foi parar, as ligações de um dos suspeitos para a polícia no dia do crime, a asfixia também”, afirma o delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior.
O laudo da autópsia ainda não ficou pronto, mas a polícia já recebeu informações dos peritos que existe a possibilidade de Simone ter sido asfixiada. A polícia então quer saber qual a participação de cada um no crime.
O marido de Simone, César Augusto Lopes, disse em entrevista para a TV TEM que evita saber detalhes sobre o que aconteceu com a mulher. Ele diz que prefere se poupar, mas soube por familiares que Francisco confessou o crime.
Lopes conta que, além de alfabetizar Francisco, a mulher levava comida para o suspeito todos os dias na hora do almoço e, às vezes, ia à noite também. “Ela ia fazer a alfabetização, o estudo bíblico, e fazia com amor. De vez em quando, eu a via pegar o caderninho corrigir os estudos dele e organizar para o próximo dia. A gente não consegue imaginar como um ser humano pode fazer esta atrocidade que ele fez com minha esposa, que só fez o bem para ele”, afirma.
O crime
A vítima frequentava a chácara, onde foi encontrada morta e acorrentada à cama, há cerca de seis meses. O crime aconteceu no domingo, dia 12 de março. Segundo a família, Simone ensinava Francisco, que tem 64 anos, a ler e a escrever.
Francisco deu depoimento para a Polícia Civil dentro do Hospital de Base. No vídeo (veja acima), ele conta o que aconteceu no dia do crime e o que o motivou a matar Simone. De acordo com o delegado Alceu Lima de Oliveira Junior, ele confessou a forma que desferiu as marretadas, o modo que a acorrentou, o horário e como todos os fatos se desenvolveram.
Segundo a família, a voluntária saiu de casa por volta das 11h e, no final da tarde, ainda não tinha voltado. A família ficou preocupada, mas quando o marido foi até a chácara o crime já tinha acontecido.
De acordo com o boletim de ocorrência, Simone estava seminua e foi presa com correntes que prendiam pés e mãos, todas fechadas com cadeados. A vítima tinha ferimentos graves na cabeça. Uma marreta com marcas de sangue, possivelmente usada no crime, foi apreendida.
Segundo a polícia, Juvenal, que mora na casa com Francisco, foi quem chegou primeiro na cena do crime e chamou a polícia. Ele entregou aos investigadores a marreta. Já o aposentado que recebia a ajuda de Simone não estava no local e ficou desaparecido por 10 dias. A Polícia Científica esteve no local e coletou materiais, que devem ajudar nas investigações.
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