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Polícia diz que pai jogou bebê na parede irritado com choro

Os pais de um bebê de 3 meses foram presos em flagrante pela morte da criança, nesta quarta-feira, em Xerém, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O crime

Polícia diz que pai jogou bebê na parede irritado com choro
Polícia diz que pai jogou bebê na parede irritado com choro

Redação Publicado em 08/12/2016, às 00h00 - Atualizado às 14h13


Casal é preso por morte do filho de 3 meses em Caxias; choro teria irritado o pai

Os pais de um bebê de 3 meses foram presos em flagrante pela morte da criança, nesta quarta-feira, em Xerém, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O crime aconteceu na noite da última terça-feira.

Segundo a polícia, Leandro Júnior da Trindade Marques, de 20 anos, estava com o pequeno Gabriel Henrique da Trindade dos Santos na sala, enquanto a mãe do menino dava banho em outra criança. O choro do bebê teria irritado Leandro, que jogou o próprio filho contra a parede.

A criança continuou chorando, mas o casal decidiu não socorrê-la. Horas depois, na manhã desta quarta-feira, o bebê estava morto.

O choro do bebê teria irritado Leandro que jogou o próprio filho contra a parede

O choro do bebê teria irritado Leandro que jogou o próprio filho contra a parede Foto: Cléber Júnior / Extra

O casal acionou a PM, alegando Gabriel havia amanhecido morto. Inicialmente, o caso foi registrado na 61ª DP (Xerém). Mas, devido às contradições do casal, a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) foi acionada:

— Ele dizia que a criança caiu da cama, depois que foi jogada para o alto e caiu. O perito constatou que criança estava com uma fratura na cabeça e hematomas nas costas e nas nádegas. Eles só confessaram aqui, mas não demonstraram arrependimento em momento algum — afirmou o delegado Willians Batista.

Na delegacia, o casal, que estava junto há aproximadamente um ano, afirmou também que Leandro já havia batido no bebê outras vezes. A mãe vai responder por homicídio. Já Leandro, por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.

Os três estavam passando uns dias na casa da mãe de Leandro, mas moravam em Magé. O pedreiro Wilson José dos Santos, de 52 anos, avô paterno da criança, morava com eles e disse que nunca viu nenhuma atitude de agressão por parte do casal:

— Eles foram passar uns dias em Xerém e voltariam na segunda, mas estavam sem dinheiro de passagem. Depois, soube do que aconteceu. Fiquei desesperado. Não sei como isso foi acontecer. Eu sempre vi ele tratando bem o filho.

O corpo do bebê está no IML de Duque de Caxias. Sirlene de Aguiar Bittencourt, tia da criança, disse que a família não tem condições financeiras de realizar o sepultamento:

— Não sabemos como vai ser. Está em torno de R$ 1,5 mil. A gente não tem esse dinheiro.

O caso aconteceu em Xerem, em Duque de Caxias
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