A Polícia Civil deverá concluir nesta semana o inquérito que apura as causas e eventuais responsabilidades pelas agressões e morte de um cachorro em Osasco,
Redação Publicado em 17/12/2018, às 00h00 - Atualizado às 08h22
A Polícia Civil deverá concluir nesta semana o inquérito que apura as causas e eventuais responsabilidades pelas agressões e morte de um cachorro em Osasco, na Grande São Paulo. A Delegacia de Polícia de Investigações Sobre o Meio Ambiente investiga se o animal foi vítima de abuso e maus-tratos. A informação é da assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
“O caso é investigado por meio de inquérito na Delegacia de Investigações sobre o Meio Ambiente, de Osasco. Mais de 20 pessoas já foram ouvidas, entre elas o vigilante acusado de desferir um golpe com uma barra de alumínio no animal”, informa nota da pasta Segurança. “A autoridade policial responsável pelo caso deve concluir o inquérito na próxima semana, após oitiva de mais testemunhas, e encaminhar ao poder judiciário para as medidas cabíveis.”
O caso ganhou repercussão nas redes sociais depois da divulgação de imagens gravadas por câmeras de monitoramento interno do Carrefour registrarem o animal em 28 de novembro (veja acima).
Nos vídeos, Manchinha, como o cão era conhecido, é perseguido por um segurança do supermercado. O homem usa uma barra de ferro pontiaguda para espantar o bicho.
Outra filmagem mostra o cachorro mancando e sangrando na pata esquerda traseira. Em mais um vídeo, feito por celular, o cão desmaia depois de ser laçado no pescoço por um enforcador utilizada por um funcionário da prefeitura.
O animal foi levado ao Departamento Animal de Osasco, onde chegou “desfalecido e agonizando”, segundo o boletim de ocorrência do caso. De acordo com a veterinária que o atendeu disse à investigação, Manchinha morreu em decorrência de hemorragia.
A polícia ainda apura o que teria levado o cachorro à morte: se um corte na pata traseira do cachorro causado pela barra usada pelo segurança; um enforcador usado pelo funcionário da prefeitura para laçar o pescoço do bicho, asfixiando-o, ou ainda se ele foi envenenado ou atropelado, segundo ativistas. Outra possibilidade é a somatória de algumas dessas hipóteses.
O segurança da empresa terceirizada que prestar serviços ao Carrefour é investigado por suspeita de maus-tratos. Apesar de as cenas não mostrarem a agressão a Manchinha, ele confirmou à investigação que bateu no animal, mas não quis feri-lo. O depoimento dele ocorreu no último dia 5.
O segurança está em liberdade e deverá responder futuramente por abuso a animais, que está previsto no artigo 32 da Lei número 9.605/98 de Crimes Ambientais. São enquadrados nesse artigo da lei quem fere ou mutila animais domésticos, silvestres, nativos ou exóticos. Se condenado, o agressor pode receber pena de detenção de três meses a um ano, além de multa.
Em tese, o segurança do Carrefour poderá ser indiciado, isto é, responsabilizado formalmente pelo crime. O G1 não conseguiu localizar a defesa do investigado para comentar o assunto.
Por conta da repercussão do caso, a delegada Silvia Fagundes não está dando mais entrevistas sob a alegação de que isso pode atrapalhar a investigação.
O Ministério Público(MP) de Osasco também instaurou inquérito para acompanhar a investigação policial. O caso está com o promotor Marco Antônio de Souza, que, segundo a assessoria de imprensa do MP, ainda não quer comentar o assunto porque “o inquérito Civil instaurado está na fase inicial.”
Por meio de nota enviada à imprensa, o Carrefour informou que afastou o segurança que aparece espantando Manchinha com uma barra.
O supermercado ainda comunicou que “reconhece que um grave problema ocorreu em sua loja de Osasco” e que a “empresa não vai se eximir de sua responsabilidade”.
Também por comunicado, a prefeitura de Osasco informou ao G1 que o Departamento Animal fez o procedimento padrão para recolher Manchinha.
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