Diário de São Paulo
Siga-nos

Polícia constata que mãe agiu sozinha em caso de bebê morta em Rio Preto

A delegada e os investigadores do caso saíram da Delegacia da Mulher com Aline de Souza Silva por volta das 14h. Eles chegaram a casa em que a mulher morava

Polícia constata que mãe agiu sozinha em caso de bebê morta em Rio Preto
Polícia constata que mãe agiu sozinha em caso de bebê morta em Rio Preto

Redação Publicado em 25/03/2017, às 00h00 - Atualizado em 26/03/2017, às 15h39


Polícia Civil fez nesta sexta-feira (24) a reconstituição do crime. Trabalho durou uma hora e houve protesto dos vizinhos.

A Polícia Civil de São José do Rio Preto (SP) fez na tarde desta sexta-feira (24) a reconstituição de um crime que terminou com a morte de uma criança de um ano e quatro meses. Para a polícia, a reconstituição serviu para deixar mais claro que a mãe da criança cometeu o crime e teria agido sozinha.

A delegada e os investigadores do caso saíram da Delegacia da Mulher com Aline de Souza Silva por volta das 14h. Eles chegaram a casa em que a mulher morava com o marido e os filhos, antes dos peritos.

Foi na casa da família, de acordo com as investigações, que a filha de Aline, de um ano e quatro meses, foi violentada sexualmente e sofreu agressões que a levaram à morte. Aline entrou na casa com gritos de revolta dos vizinhos, que ficaram na porta da casa o tempo todo.

Durante a reconstituição do crime, a portões fechados, a polícia usou uma boneca para simular a presença da menina Emanuella Maria de Souza Santos. O trabalho foi rápido, durou cerca de uma hora. Na saída da casa, mais protestos dos moradores do bairro.

Com a reconstituição, a delegada diz que ficou claro que a mãe fez tudo sozinha. “Vemos realmente se era certeza que a moça, a indiciada, mãe da criança participou sozinha dos atos de violência. Ela relatou que não houve violência sexual, houve violência pelas vias sexuais, houve socos, enfim. Ela alega a queda da criança, que a criança relutava em seus braços e ela foi ao chão. Ela sempre demonstrou muita indiferença”, afirma a delegada Dálice Ceron.

O advogado do primo do pai da criança, preso durante as investigações como suspeito, acompanhou a reconstituição. A polícia já havia pedido a revogação da prisão dele, que foi negada pela Justiça. “Obviamente que vamos aguardar laudos, as cartas precatórias, várias diligências para a conclusão dos autos, mas deixou bem claro que não houve a participação (do primo)”, diz a delegada.

Aline vai continuar presa temporariamente, na cadeia feminina de Nhandeara (SP), até os laudos da perícia ficarem prontos, que é quando o inquérito vai ser concluído. A delegada disse que, pelo que tem nas mãos até agora, pretende indiciar Aline por homicídio qualificado e crime de tortura.

Polícia usou uma boneca para fazer a reconstituição (Foto: Reprodução/TV TEM)

Polícia usou uma boneca para fazer a reconstituição (Foto: Reprodução/TV TEM)

Compartilhe  

últimas notícias